A
Igreja deixou de sofrer as sanguinárias perseguições e saiu da clandestinidade,
no século IV, sob o império do imperador bizantino Constantino, que se converteu
à fé em Cristo. Desse modo o cristianismo se expandiu livremente, tendo no
comando da Igreja um Papa à altura para estrutura-lo como uma organização
eclesiástica duradoura. Era Silvestre I, um romano eleito em 314. Tanto assim,
que sobreviveu a muitas outras turbulências para chegar triunfante ao terceiro
milênio.
Embora imperador Constantino tenha deixado florescer a semente plantada pelos Apóstolos de Jesus, após anos de perseguições e ter feito tantos mártires, o Cristianismo ainda não estava em completa paz. Até o imperador convertido, foi convocado para ajudar a manter a paz da Igreja, e ele obedeceu ao Papa Silvestre I. Quando irrompeu o cisma na África, o imperador usou sua autoridade para manter a paz, inclusive para o Império. Além disso, foi orientado a ser o autor da convocação do Concílio de Nicéia, o primeiro da Igreja, em 325. No qual a Igreja de Roma saiu vencedora, aprovando o Credo contra a heresia ariana.
Tudo isso acontecia, com o Papa Silvestre I já estando bem idoso. Como não agüentaria a viagem mandou representantes à altura para que a Igreja se firmasse no encontro: o Bispo Ósio de Córdoba e mais dois sacerdotes assessores. Como havia harmonia entre Papa e Constantino, a Igreja conseguir bons resultados também no Sínodo. Recebeu um forte apoio financeiro para a construção de valiosos edifícios eclesiásticos, que também marcaram o governo desse Papa.
A
construção mais importante sem dúvida foi a Basílica em honra de São Pedro, no
Monte Vaticano, em Roma. O local era um antigo cemitério pagão, o que fez
aumentar muito a importância e o significado da construção dedicada à Pedro, ter
sido feita alí. Quem descobriu isso foi o papa Pio XII, comandando escavações no
local em 1939. Outra foi a Basílica de São Paulo extra muro, e também a dedicada
à São João, em Roma.
Também por causa de Silvestre, Constantino patrocinou à Igreja um ato histórico e de muita relevância para a Humanidade e o Catolicismo: doou seu próprio palácio Lateralense, para servir de moradia para os Papas, e toda a cidade de Roma e algumas outras vizinhas para a Igreja. Mas, esses atos não ocorreram porque Constantino tinha se convertido, ou por interferência de sua mãe Helena, o grande mérito se deve, ao trabalho do Papa Silvestre I. Podemos analisar melhor com a atitude de Constantino que nunca se deixou batizar. A conversão total veio no leito de morte, quando pediu o Batismo e recebeu a Comunhão. Constantino está agora incluído no Livro dos Santos ao lado de sua mãe.
Quanto ao Papa São Silvestre I, morreu em 335, depois de ter permanecido no Trono de Pedro durante vinte e um anos, e produzido tantos e bons frutos para o Cristianismo. No ano seguinte da sua morte já começou a ser dedicada à Santo Silvestre uma festa no dia 31 de dezembro, enquanto no Oriente ele é celebrado dois dias depois.
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