São Caio (Pontificado 283 a
296)
São Caio era parente do imperador
Dioclesiano e procurava por muito tempo os esconderijos das catacumbas, para
assim, atender às necessidades dos Cristãos.
Sabemos que o imperador Dioclesiano
foi um perseguidor implacável do cristianismo e muitos, durante o seu governo,
foram martirizados por defenderem e perseverarem na religião de Cristo.
Sabendo que a perseguição crescia de maneira assustadora, o nosso grande
Papa São Caio chegou a aconselhar alguns cristãos refugiados na casa de campo
do prefeito Cromâncio, de Roma , recém convertido, para que se retirassem da
cidade antes da tempestade se desencadear, pois sabia que muitos destes
cristãos se sentiam com pouco ânimo de sofrer o martírio. O mesmo conselho deu
a São Sebastião. Este, porém, nada disto quis
saber e declarou preferir ficar em Roma, para animar e defender os irmãos nas
grandes aflições. Diante disto o Papa Caio disse-lhe: " Pois bem , meu
filho. Fica na arena da luta, representando o defensor da Igreja de Cristo,
sob o título de capitão imperial". Logo em seguida, o "capitão
imperial" severamente coagido, não abjurou à fé, recebendo a coroa do martírio.
Reflexões:
O martírio representa em grau
elevadíssimo a verdadeira prova de amor a Jesus Crucificado e à Santa Igreja.
Mas certamente nossos santos mártires provavelmente o definem simplesmente
assim: " Se Cristo morreu por mim, minha obrigação mínima é morrer por Ele e
por Sua Igreja, e nisto nenhum mérito tenho". Entretanto, mesmo sabendo que
jamais devemos renegar a fé, mesmo que para isso tenhamos de sacrificar a
vida, nossa composição carnal é extremamente fraca, e por isto os Santos
Mártires tiveram de contar com a graça de Deus, força absoluta neste momento
crucial. Conhecendo esta fraqueza, nosso Papa São Caio, no ápice da
perseguição aos cristãos, aconselhou-os a retirar-se da cidade de Roma,
convicto de que alguns deles tinham pouco ânimo para enfrentar com
galhardia e coragem uma prova tão grande. Mas diante da coragem de São
Sebastião, encoraja-o, firmando-lhe a honra de "defensor da igreja de Cristo"
sob o título de "capitão imperial".
Se da mesma forma, formos fracos
para enfrentar situações semelhantes, peçamos a Deus a graça de cumprir pelo
menos as mínimas: A Missa aos Domingos, a Confissão, penitências, jejuns,
renúncia aos prazeres mundanos, desapego aos bens terrestres e fiel
cumprimento dos Mandamentos de Deus e da Igreja.
Ora, se alguém for indiferente
neste mundo a tão ínfimas exigências, no dia do Juízo, quando estiver ao lado
de um Santo Mártir e comparar a história deste com a sua, como se sentirá?
Certamente um "servo mau e preguiçoso". Cumpramos, portanto, enquanto
caminhamos no mundo, os preceitos mínimos da Santa Madre Igreja, com o máximo
empenho.
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Referência bibliográfica: * Na luz Perpétua,
5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas
Gerais, 1959; * Oração das Horas, 1995, Ed. Vozes, Paulinas, Paulus e
Ave-Maria. * Reflexões por Página Oriente.


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