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Fortaleza, Ceara, Brazil

19 de junho de 2014

FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE JULIANA FALCONIERI Religiosa, Santa 1270-1340

            Comemoração litúrgica - Quinta-feira  após a festa da Santíssima Trindade  

                                          
                                  A Igreja celebra Corpus Christi (Corpo de Deus) como festa de contemplação, adoração e exaltação, onde os fiéis se unem  em torno de sua herança mais preciosa deixada por Cristo, o Sacramento da sua própria presença. 
                                  A solenidade do Corpo de Deus remonta o século XII, quando foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264, através da bula “Transiturus”, que prescreveu esta solenidade  para toda a Igreja Universal.
                                  A origem da festa deu-se por um fato extraordinário ocorrido ao ano de 1247, na Diocese  de Liége – Bélgica.  Santa Juliana  de Cornillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O próprio Jesus Cristo a ela revelou que a  lua significava a  Igreja,  a  sua claridade  as festas e, a mancha,  sinal da  ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo.  Santa Juliana levou o caso ao bispo local que,  em 1258, acabou instituindo  a festa em sua Diocese.
                                  O fato, na época,  havia sido  levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase  duas décadas  mais tarde, viria  a  ser eleito Papa (Urbano IV), ou seja,  ele próprio viria a estender a solenidade  a toda a Igreja Universal. O fator, que deflagrou a decisão do Papa, e que viria  como que a confirmar a  antiga visão de Santa Juliana,   deu-se por um grande milagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga,   colocando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a  celebração da santa Missa,  viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Semelhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século VIII).   O fato foi levado ao Papa Urbano IV, que encarregou o bispo de Orvietro a  levar-lhe as  alfaias  litúrgicas  embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de viver de cada país, de cada  localidade.
                                  No Brasil, a festa foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. A celebração de Corpus Christi consta da santa missa, da procissão e da adoração do Santíssimo. Lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento, esse povo foi alimentado com o maná no deserto e hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo. Durante a missa, o celebrante consagra duas hóstias, sendo uma consumida e a outra apresentada aos fiéis para adoração, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.  
Reflexões
Os católicos tem plena convicção da presença real de Cristo na Eucaristia. Jesus está verdadeiramente presente, de dia e de noite, em todos os Sacrários do mundo inteiro. Contudo, nos parece que esta certeza já não reside com tanta intensidade no coração do homem moderno. O maior Tesouro que existe sobre a terra, "que possui o valor do próprio Deus", a Eucaristia, Cristo a deixou para os homens .... de graça!   Se mesmo na condição de pecadores, assombramo-nos com o descaso a tão valioso Sacramento, impossível assimilar o sentimento de Deus ante a  indiferença dos homens com a Eucaristia.   
Ao contrário do que se imagina,  a Igreja está mais preocupada em pregar e difundir a Sã Doutrina, do que com o número de ovelhas em seu aprisco. A Igreja não trabalha baseada em dados estatísticos, mas com a difusão do Evangelho.  Nesse sentido, lembremos que houve debandada geral da turba quando Jesus revelou publicamente: "Minha carne é verdadeiramente comida e meu Sangue, verdadeiramente bebida".  Ao ouvir isto, o povo escandalizado deu as costas à Jesus;  todos evadiram-se, restando apenas doze. Jesus não deu maiores explicações, nem correu atrás da multidão desolada, pelo contrário,  simplesmente perguntou aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?".  No que São  Pedro respondeu: "A quem iríamos nós, Senhor?  Só Tu  tens palavras de vida eterna" (Cf. Jo 6, 52 - 68).   Portanto, é absolutamente claro que:  "Jesus não depende das multidões, as multidões é que dependem d'Ele", assim como "A Igreja de Cristo não depende dos fiéis, os fiéis é que dependem dela para chegarem a Cristo"  (Livro Oriente)
Ao aproximarmo-nos do Santo Sacrário, tenhamos a confiança de dizer "Meu Senhor e meu Deus", certos de que Ele está ali, Vivo, Real e Verdadeiro a  ouvir nossas  preces e  a contemplar nossa fé.  E esta fé, é uma formidável bem-aventurança que recebemos de Jesus,  por intermédio das dúvidas levantadas por São Tomé, a quem o Mestre disse: "Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!"  (Jo 21, 29)


                                "Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé"

                                                   
Na cidade de Florença havia dois irmãos, nobres e ricos, Caríssimo e Aléssio Falconieri; exerciam o comércio como a maior parte das mais ilustres famílias de Florença e de outras cidades da Itália. O bem-aventurado

Aléssio Falconieri tinha devoção particular pela Mãe de Deus. Foi um dos sete comerciantes de Florença, todos bem-aventurados, que, com São Felipe Beniti, seu compatriota, fundaram a ordem dos Servitas. Chama-se servitas pessoas religiosas que se consagram ao serviço de Deus sob a protecção especial da Santa Virgem. Caríssimo Falconieri, avançando em idade, impressionou-se com o exemplo e as exortações do piedoso irmão.

Passando uma acurada revista na vida, muito se inquietou com a possibilidade de ter adquirido algo por vias injustas. Pediu esclarecimentos a Deus, fez restituições e esmolas. Enfim, em 1263, suplicou ao Papa Urbano IV lhe concedesse uma absolvição geral por todos os erros que poderia ter cometido sem saber. O soberano Pontífice concedeu-lha sob certas condições, que Caríssimo cumpriu com zelo.
Além das restituições e das esmolas, mandou construir em Florença uma igreja da Anunciação que, pela riqueza e beleza de arquitectura, é ainda hoje considerada uma maravilha. Foi recompensado de mais de uma maneira. Era já velho, quando lhe nasceu uma filha, que foi Santa Juliana Falconieri. Era pelo ano de 1270: a alegria foi grande para toda a família.
Juliana perdeu o pai pouco depois; apenas se lembrava de tê-lo visto. Mais tempo conservou o bem-aventurado tio Aléssio, que foi seu pai na piedade. As primeiras palavras que Juliana aprendeu a balbuciar foram os nomes de Jesus e Maria. Pronunciava-as tão frequentemente, que a ama muito se admirava, e sua piedosa mãe a via com alegria.
O bem-aventurado Aléssio dizia à cunhada que ela havia dado à luz não uma menina, mas um anjo, À medida que crescia, Juliana ocupava-se muito mais nos exercícios de devoção que lhe ensinava o santo tio, do que nos afazeres das mulheres, a que sua mãe se empenhava por habituá-la. Em lugar de manejar as agulhas e o fuso, construía pequenos altares, lia livros de piedade, cantava louvores da santa Virgem, recitava orações. Sua mãe com ela ralhava por vezes, dizendo que não sabia manter um ofício e dificilmente encontraria um marido. Juliana contentava-se em responder: Quando vier o tempo, a santa Virgem providenciará.
Como se tornasse muito bela com o correr dos anos, e virtuosa, a mãe alimentava dia por dia maiores esperanças em vê-la encontrar um dos mais honrosos partidos; já falava disso com o pessoal da casa. Mas Juliana tinha pensamentos inteiramente outros. De acordo com as inspirações do santo tio, havia resolvido guardar a virgindade, e consagrar-se ao serviço da Santa Virgem. Eis porque, nada obstante as exortações de sua mãe, nada obstante as carícias da família e do mundo, ligou-se pelo voto de continência, pronta a renunciar ao mundo e à família, para seguir Jesus Cristo pobre, desde que obtivesse permissão.
Completados, pois, seus dezasseis anos, recebeu das mãos de São Felipi Beniti o hábito da ordem terceira dos servitas. Meditou piedosamente nos mistérios durante o ano de provação. A túnica negra representava-lhe a tristeza de Maria sobre o Calvário, e a grandeza de seu martírio entre os sofrimentos do filho: a cintura de pele representava-lhe a pele do Salvador dilacerada pelos açoites, pelos pregos e pela lança; o véu branco a pureza da Virgem; a coroa os louvores que lhe foram rendidos pelo arcanjo. O livro lhe sugeria as meditações sobre a paixão de Jesus Cristo; o manto lhe recordava a protecção da mão de Deus, a quem se rejubilava em pertencer; o círio esta lâmpada acesa que devia trazer pronta, como virgem prudente, para ir ao encontro do esposo. Meditando assim sobre o seu piedoso hábito, Juliana foi uma edificação constante para a mãe, a família e todas as irmãs. No ano seguinte, 1285, fez profissão diante de São Filipe, que morreu pouco após.
A lembrança desse santo homem despertava nela de dia para dia, maior desejo de perfeição. Continuou junto de sua mãe, mas aumento muito as austeridades precedentes. Nas quartas e sextas-feiras tomava por alimento apenas a santa comunhão. Jejuava ainda no sábado, a pão e água, em honra da Virgem Santa, em cujas sete dores meditava. Empregava as sextas-feiras na meditação da paixão do Salvador. Para se tornar semelhante a ele, macerava a carne até o sangue, com rudes disciplinas. Muitas vezes foi arrebatada em êxtases, pelo veemente desejo de ser crucificada com Jesus sofredor. À sua morte encontraram-lhe uma cintura de ferro sobre os rins e tão fundo tinha penetrado na carne, que não puderam retirá-la sem lesar o corpo; isso faz crer que ela a carregasse desde a juventude. Seu tio, o bem-aventurado Aléssio Falconieri, dava-lhe o exemplo; recusou sempre ser promovido nas ordens sacras, e permaneceu a vida inteira na ordem leiga, dedicando-se aos mais humildes misteres, e mendigando todos os dias o pão para os irmãos. Da mesma maneira a sobrinha, em lugar de viver nobremente de seus bens, preferia ganhar a vida com o trabalho das mãos e partilhar o lucro com as irmãs. Imitou principalmente Filipe Beniti, no zelo pela conversão das almas.
Com a morte da mãe, entrou no convento de suas irmãs da ordem terceira, e atraiu para lá várias nobres jovens de Florença. Em 1316, foi mister dar a esta casa uma regra definitiva e uma superiora. Juliana foi eleita prioresa por unanimidade. Recusou por longo tempo, julgando-se incapaz e indigna, e acabou aceitando por lembrar-se das palavras de São Filipe Beniti, que lhe recomendara a congregação nascente, como prevendo que ela seria, um dia, a segunda fundadora. Foi-o menos pela autoridade do que pelo exemplo. A longevidade era como que um privilégio hereditário na família; seu tio, o bem-aventurado Aléssio, tinha cento e dez anos quando morreu, em 17 de Fevereiro de 1310. Se Juliana não ultrapassou os setenta, deve-se atribuir o fato às grandes austeridades. As religiosas da ordem terceira dos servitas devotavam-se particularmente ao serviço dos enfermos e a outras obras de caridade. Juliana sofreu também longa e penosa enfermidade, que suportou com paciência inalterável. Um vómito contínuo não permitia lhe administrassem o santo viático nos últimos momentos.
O Salvador dignou-se fazer um prodígio para unir-se à esposa: a santa hóstia, colocada sobre o seu coração, desapareceu subitamente. No mesmo instante ela faleceu. Era no dia 19 de Junho de 1340. A verdade de diversos milagres, operados por sua intercessão, foram juridicamente provados, e Bento XIII beatificou-a em 1729 e Clemente XII terminou o processo de canonização.

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