Comemoração Litúrgica: 18 de junho. Também nesta data - Santos: Gregório, Armando, Isabel e Marina
As informações que temos da Beata Osanna de Mântua é derivada de dois contemporâneos que a conheceram e escreveram imediatamente depois de sua morte. Uma das biografias foi lavrada pelo mestre da Ordem Dominicana e por um Teólogo muito notável, Silvestre de Ferrara (1505) e outra (1507) pelo monge Jerome de Olivetan (beneditino reformado) que, nos últimos anos da vida de Osanna, tornou-se seu confidente e guia espiritual. Sua biografia consiste pela maior parte em registro detalhado de conversações Osanna com seu diretor espiritual. Jerome diz que Osanna era muito relutante, mesmo com ele, em que confiava completamente, para falar de suas experiências espirituais; mas descreve repetidamente como ele paciente a manteve, mediante questionamentos e busca de informações que guardou para si, cujo fim, como ele diz, servia para suas próprias "consolações espirituais e fonte de inspiração". Um processo difícil, segundo ele, pois que Osanna costumava entrar em êxtase cada vez que se começava a falar de Deus.
Nasceu em 1449 em Mântua, filha de nobres italianos, Nicolaus e Agnespais. Diz Jerome que na idade de cinco ou seia anos, Osanna teve sua primeira experiência mística, uma visão da Trindade, dos nove coros dos anjos e da criação material, quando Jesus como uma criança da sua própria idade, carregava uma cruz. Mais tarde, viu-o outra vez no jardim da casa família entre as videiras. Como entrasse já em êxtase em tenra idade, tornou-se muito retraída. Os pais incomodavam-se sobremaneira com o seu comportamento e chegaram a pensar que a filha fosse portadora de epilepsia.
Ainda durante sua infância acabou perdendo os pais, tornando-se assim responsável pelo lar, cuidando dos irmãos que controlou e educou com grande prudência e responsabilidade, além de manter grande hospitalidade e caridade com os pobres. Não obstante, apesar de todas estas responsabilidades domésticas e caritativas, passou a experimentar uma vida mística cada vez mais intensa. Quando ainda vivia seu pai, ela recusou casamento porque já sentia inclinação para tomar o hábito dominicano e o declarara isso. Mas, segundo revelação feita a ela, não era momento para fazer profissão, mesmo na Ordem Terceira.
Foi permitido compartilhar os sofrimentos de Cristo pela causa da Igreja e da Itália, então marcada por rixas e guerras. Finalmente, quando tinha 30 anos, recebeu os estigmas em sua cabeça, depois no lado e em seguida nos pés. Teve também uma visão em que seu coração foi transformado e dividido em quatro partes. A Paixão de Cristo era sentida intensamente nas quartas e nas sextas-feiras. Em seu caso, os estigmas não parecem ter sangrado, mas apareciam simplesmente como manchas avermelhadas, intensamente dolorosas. Manteve-os escondidos de todos, exceto de alguns de seus empregados, mas às vezes a dor nos pés eram tão grandes que a impossibilitava de andar. Por muitos anos, assim como Santa Catarina de Siena, viveu quase sem nenhum alimento. No discurso dessas matérias, pediu ao seu diretor espiritual que guardasse absoluto segredo.
Entretanto, sua fama acabou espalhando-se entre a população porque algumas vezes foi vista em público, em êxtase profundo. As visitas e conselhos espirituais tornaram-se constantes, resultando na oposição considerável dos frades dominicanos de Mântua que, entretanto, cessaram as críticas quando souberam que um dos seus, Dominic de Crema, mantinha o registro de todas as experiências espirituais de Osanna, que infelizmente perderam-se após sua morte.
Faleceu santamente, de causas naturais em 18 de julho de 1505. Foi beatificada pelo Papa Leão X e é invocada como patrona das meninas estudantes.
Seu corpo incorrupto encontra-se em exposição sob o altar de Nossa Senhora do Rosário na catedral de Mântua, Itália. Em 1965 seu corpo foi examinado interiormente e exames profundos determinaram bom estado de preservação (após 460 anos).
Isabel de Schnönau, em alemão Elisabeth von Schönau, nasceu em 1129 perto de Colónia.
Jovem ainda entrou como oblata no mosteiro beneditino de Schönau onde pronunciou os seus votos quando tinha 17 anos. A partir da idade de 23 anos começou a beneficiar de êxtases e de visões que fazem parte da concepção do mundo e foram autentificadas pelo abade do mosteiro.
Em 1155, seu irmão Egbert, conhecido pelo seu engajamento contra os cátaros, junta-se a ela em Schönau e transcreve as sujas visões em latim. Egbert incita Isabel a pedir ao Anjo que lhe aparecia, algumas explicações sobre certas questões litigiosas. Eis porquê Isabel teve várias visões que atestam a realidade da transubstanciação, ponto sensível na luta contra os cátaros. A sua descrição do martírio das virgens de Colónia é claramente uma “visão de encomenda”: ossadas encontradas em Colónia podia assim servir de relíquias.
As opiniões divergem quanto às visões et revelações de Isabel. A Igreja nunca se pronunciou a este respeito e nunca mesmo simplesmente as examinou. A própria Isabel estava convencida do carácter sobrenatural destas, como ela o diz numa carta endereçada a Santa Hildegarda, com a qual era muito amiga, e que a vinha visitar. Quinze cartas autênticas, das quais uma a santa Hildegarda chegaram até aos nossos dias. Ela aí fala dos êxtases com que Deus a agracia.
Isabel morreu no dia 19 de Junho de 1164, no mosteiro de Schönau im Taunus, na Renânia-Palatinado.
As suas obras, escritas entre 1152 e 1157, eram, no seu tempo mais conhecidas do que Santa Hildegarda de Bingen, da qual apenas apenas alguns manuscritos chegaram até nós.
Quando os seus escritos foram publicados depois da sua morte, o qualificativo de “Santa” foi adicionado ao seu nome, mesmo se ela nunca foi formalmente canonizada.
Em 1584 o seu nome foi adicionado ao Martirológio Romano e aí permaneceu até agora.
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