Comemoração litúrgica: 06 de abril.
Também nesta data: Celestino I, Papa; Santa Catarina de Pallanza
e São Diógenes
Pontificado - 116 a 125
A Igreja
comemora no dia 06 de abril a festa do Papa São Xisto I, sucessor de
Santo Alexandre. São Xisto era
natural de Roma e nasceu no seio da família Elvidia. Foi elevado ao trono pontifício em 155 e permaneceu governando a Igreja durante o
reinado do imperador Adriano e de Antônio Pio.
Seguiu as obras implementadas e
também idealizadas por seus predecessores, dando perfeita continuidade aos temas
que tratavam da organização e estrutura eclesiástica.
Instituiu,
dentre diversas outras normas canônicas, que o bispo, antes de tomar
posse em sua sede
episcopal, devia exibir uma carta de
apresentação ao Pontífice.
Regulamentou também alguns ritos da celebração da Eucaristia, prescrevendo que o véu do cálice fosse feito
de linho e que tanto o cálice como todos os paramentos sagrados, fossem
tocados somente pelos
sacerdotes.
A ele
também se atribuem a introdução
do tríplice canto do Sanctus (Santo) na missa e
das cartas apócrifas que tratam da
doutrina da Santíssima Trindade e do Primado da Igreja de Roma.
Seu governo
ficou marcado pelas medidas enérgicas que tomou contra a seita dos gnósticos. A
seita gnóstica define-se como seita filosófica surgida nos primeiros séculos da
nossa era e diversificada em numerosos segmentos e que visava a conciliar todas
as religiões e a explicar-lhes o sentido mais profundo por meio da gnose. Xisto
I combateu com veemência as doutrinas maléficas do gnosticismo, ou seja, a
emanação, a queda, a redenção e a mediação, que seriam exercidas por inúmeras
potências celestes, entre a divindade e os homens, que feriam todos os
princípios básicos da sã doutrina e os fundamentos da religião de Cristo.
Reflexões:
Enviou o bispo Peregrino às Gálias para
evangelizar algumas zonas que não haviam sido suficientemente tocadas pela civilização romana.
Alguns
detalhes do fim de seu pontificado são nebulosos, mas em 125, é bem provável
que também tenha recebido a coroa do martírio.
Seu corpo foi enterrado ao lado de São Pedro, mas posteriormente, o Papa Inocêncio II (1130
– 1143) permitiu que suas relíquias fossem transladadas para Acrópolis, onde
permanecem até hoje.
Reflexões:
Pela breve história de São Xisto I,
constatamos que a Igreja primitiva atravessou sérios desafios diante de novas
doutrinas que objetivavam atentar contra a Santa Igreja. A seita dos gnósticos
e sua sutil pregação, visava filosoficamente confundir nossos primeiros
cristãos, com eloqüentes pensamentos manifestadamente hereges, o que foi
resolutamente combatido pelo Santo Padre.
Xisto I, deixou estabelecido o grande
respeito que se deve ter pelas coisas sacras, aperfeiçoando e dando forma
canônica aos ritos litúrgicos. Preocupou-se zelosamente tanto para imprimir
nos fiéis o respeito pelas coisas sagradas, como para afastá-los de outras
doutrinas, destinadas a espalhar o veneno do erro junto ao rebanho católico.
Peçamos a Deus que nos dê muito
discernimento, a fim de nos afastarmos do grande turbilhão, da grande confusão
disseminada no mundo atual. É muito fácil ser arrastado ao caminho da perdição,
quem não se agarra à oração e aos mandamentos da Religião de Cristo.
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