16 de fevereiro - Também nesta
data - Santos: Jeremias, Daniel e
Gilberto
Ordens religiosas da Igreja
A Igreja comemora no dia 16 de
fevereiro a memória do
profeta Elias, cuja pregação e vida deram-se no Monte Carmelo, no tempo
dos reis Achab e Ochozias. Foi ele
o grande defensor da fé em Israel e com sua atuação profética fez com que
os israelitas deixassem os falsos deuses e voltassem o coração para o Deus de
Israel, o Pai de Jesus Cristo, o único e verdadeiro Deus
Na ocasião da sua fuga do rei Achab e de sua mulher Jesabel, um corvo
trazia-lhe sua ração diária de carne e pão. Sua indumentária era
composta de peles de carneiro e um cinto de couro. Quando houve grande seca no país, foi a
Serepta, multiplicou milagrosamente a farinha e o azeite na casa de uma viúva,
cujo filho morto ressuscitou.
No monte Carmelo confundiu os sacerdotes de Baal, chamando fogo do céu sobre o altar do
altíssimo.
Perseguido pelas iras de Jezabel, se retirou para o monte Horeb e ungiu seu
sucessor Eliseu. Conseguiu a conversão
de Achab e predisse a Ochozias a próxima morte.
Elizeu viu-o subir ao céu num carro de
fogo, daí a tradição confirmada por Nosso Senhor (Mt 17, 11) que, como
Henoc, não morreu, e que há de voltar
para a terra.
O profeta Elias, na transfiguração de Nosso Senhor no monte Tabor, apareceu
junto com Moisés, conta o evangelista. È
igualmente venerado pelos judeus e pelos
maometanos. O Ano de
seu nascimento é 912 a. c.
e é considerado o padroeiro fundador
da Ordem Carmelitana.
O Profeta Elias e os
Carmelitas
Quanto à origem da ordem carmelitana,
remonta tempos muito antigos. O culto especial e a devoção à Santa Mãe de
Deus, remonta a origem da congregação carmelitana aos tempos do profeta
Elias.
Não há dúvida que as promessas messiânicas eram conhecidas no mundo pagão da
antiguidade. A Mãe do Salvador
vê-se preconizada pelas Sibilas, simbolizada pelas imagens de Isis e venerada
nos mistérios pagãos. Dentro desta
suposição, seria de se causar estranheza se o povo de Deus do antigo testamento,
não tivesse noção alguma ou qualquer referência que dissesse respeito à Mãe do
Salvador, a Mulher que iria esmagar a cabeça da Serpente.
Na Ordem
Carmelitana é guardada a tradição, na qual o profeta Elias, ao ver aquela nuvenzinha que se levantava no
mar e a pegada d’homem, teria nela
reconhecido o símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de
Elias, em lembrança daquela visão,
teriam fundado uma Congregação com sede no monte Carmelo, com o fim
declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Esta Congregação teria se conservado até os dias de Jesus Cristo e
existido com o título de Servos de Maria.
Santa Teresa, a grande santa da Ordem
Carmelitana, reconhece no profeta Elias
o fundador da Ordem. As visões da bem-aventurada Ana Maria Emerich sobre a vida
de Maria Santíssima, ocupam-se minuciosamente da congregação dos Servos de
Maria, no Antigo Testamento. Segundo uma
piedosa tradição, autorizada pela
liturgia para o dia de Pentecostes, um grupo de homens devotos dos Profetas
Elias e Eliseu, foram preparados por São
João Batista para o advento do Salvador,
abraçaram o cristianismo e erigiram no monte Carmelo um santuário à SS.
Virgem, naquele mesmo lugar onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha,
anunciadora da fecundidade da Mãe de
Deus. Adotaram eles o nome de “Irmãos da
Bem-aventurada Maria do Monte Carmelo”.
Os séculos transcorreram e no século
XII, o calabrês Bertoldo, com mais
alguns companheiros , estabeleceram-se no Monte Carmelo, fato historicamente
documentado. Porém, não se sabe se
lá encontraram a Congregação dos Servos
de Maria ou se lá fundaram uma com este nome,
pois que antes desse fato, não encontramos outros registros
documentais a respeito. Em 1209 receberam das mãos de Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém as regras da
devidamente aprovadas. Pela ocasião das
Cruzadas, a Congregação difundiu-se
rapidamente na Europa.
Conventos foram fundados na
Inglaterra e outros alastraram-se
rapidamente pelo mundo, se bem que em meio à muitas perseguições. Uma referência muito forte, além de Santa
Tereza, é São Simão Stok, carmelita da ordem nessa mesma época. Como propagador ardentíssimo da Ordem e do culto mariano pelo mundo, recebeu,
durante fervorosa oração, a visita de Nossa Senhora, que lhe apresentou o
escapulário como um privilégio para todos os membros da Ordem do Carmo, sob a promessa de que quem estivesse dele revestido na hora da morte,
ficaria livre do fogo do inferno. São
Simão Stok tratou então, de divulgar a irmandade do escapulário e foi o
responsável em estender as graças do
escapulário a todo o mundo católico, e para participarem dos grandes privilégios
concedidos por Nossa Senhora. O
escapulário teve aceitação extraordinária entre o povo católico e, neste
sentido, só é comparável ao
Rosário.
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