São Caetano de Thiene

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Xisto II (Pontificado: 257 a 258.)

Caetano nasceu na Itália, em outubro de 1480. Desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Estudou em Pádua, onde se formou em direito aos vinte e quatro anos de idade.
Em 1506 exerceu a função de secretário particular do Papa Júlio II. Neste serviço fez contato e conviveu com cardeais famosos, aprendendo muito com todos eles. Mas a principal virtude que Caetano cultivava era a humildade para observar muito bem antes de reprovar o mal alheio.
Participou do movimento laical Oratório do Divino Amor, que procurava estudar e praticar a Sagrada Escrituras. Depois de muita reflexão, decidiu pela ordenação sacerdotal. Tinha trinta e seis anos de idade quando celebrou sua primeira missa na Basílica de Santa Maria de Maior.
Em 1523 fundou a Ordem dos Teatinos Regulares, que tinha como objetivo a renovação do clero. A nova congregação começou somente com quatro pessoas, depois passou para doze e esse número aumentou em pouco tempo. São de vida ativa, vivendo em obediência, sob uma regra de vida comum.
Morreu aos sessenta e seis anos de idade em Nápoles, no ano de 1547.
Reflexão:
Caetano de Thiene implorava a reforma de vida e de costumes dentro da Igreja: “Cristo espera e ninguém se mexe”, repetia. Andava sempre em auxílio dos doentes, dos pobres e mendigos da região. Realizou na sua vida tudo aquilo que pregou. Nunca teve pressa de viver, mas aproveitou cada minuto de sua vida para socorrer os necessitados.
Oração:
Deus Pai de bondade, ajudai-nos a confiar mais na vossa providência e concedei-nos, pela intercessão de São Caetano, buscar o que é santo e promover a paz e a caridade entre as pessoas. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Xisto II (Pontificado: 257 a 258.)
São Xisto II era de origem grega e
foi ordenado bispo de Roma no ano 257. Foi sucessor de Santo Estevão no Primado
Papal. Este, por sua vez, foi sucessor de São Lúcio. Ambos foram martirizados
pela intensa perseguição feita pelo imperador Valeriano. Ao assumir o trono
pontifício, São Xisto sabia que as coisas não iriam ser diferentes, como de
fato não o foram. A perseguição implacável de Valeriano já veio no ano
seguinte à posse de São Xisto. Celebrava a sagrada liturgia na catacumba de
Calisto quando foi preso pelos soldados, por ordem do imperador. Nesta ocasião,
também quatro dos seus diáconos foram levados, sendo todos executados
imediatamente. Recebeu sepultura no mesmo cemitério onde deu-se sua última
celebração.
Reflexões:
O imperador Valeriano era mesmo um
tirano, déspota, perseguidor da Igreja de Cristo. São Xisto II, mesmo sabendo
que seus predecessores tinham perecido em decorrência das fulminantes
investidas de Valeriano, assumiu o mais elevado cargo na terra convicto de que
a verdadeira morada dos cristãos é a Pátria Celeste. A exemplo de São Lúcio e
Santo Estevão, tombou em defesa da fé, mostrando mais uma vez ao infeliz
imperador ser inútil recalcitrar contra o aguilhão, pois a Igreja é de
Cristo, onde as forças do inferno jamais poderão prevalecer.
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FUNDADOR DA
ORDEM DOS TEATINOS
(CLÉRIGOS
REGULARES DA PROVIDÊNCIA DIVINA )

São Caetano, fundador da Ordem dos
Caetanos ou Teatinos, nasceu em 1480, em Vicenza, de pais ilustres e
virtuosos. Logo após o batismo, foi a criança, pela mãe oferecida e consagrada
à Santíssima Virgem. Não ficou sem efeito a oração de sua mãe.
Desde pequeno Caetano mostrava
grande amor à oração a obras de caridade. Exemplar em tudo, era entre os
companheiros de infância chamado "o Santo".
Mais tarde fez os estudos,
doutorou-se em direito civil e eclesiástico e do Papa Júlio II recebeu a
ordenação sacerdotal. Morto este Papa, Caetano voltou à sua terra e
dedicou-se quase exclusivamente ao serviço hospitalar. Sua única ambição era
salvar almas. O povo dizia: "Caetano no altar é Anjo, no púlpito Apóstolo". Não
perdia ocasião de conduzir almas a Deus Nosso Senhor, o que lhe importou o
apelido: "Caçador de almas" .
Na segunda viagem a Roma, fundou,
com três companheiros, uma nova Ordem, cujo plano era: A santificação própria,
combater a tibieza e ignorância entre o clero, regenerar os costumes da
sociedade, observar escrupulosamente as cerimônias litúrgicas, restabelecer o
respeito e reverência na casa de Deus, exterminar as heresias e assistir aos
doentes moribundos; numa palavra: - praticar a verdadeira ação
apostólica.
Os companheiros co-fundadores da
Ordem, foram: 1. Bonifácio de Colli, sacerdote do Oratório,
reunia qualidades semelhantes a do seu amigo Caetano. Amabilidade, serenidade e
doçura, faziam de si homem repleto do amor de Deus. 2. Paulo
Consiglieri, pertencia à família Chislieri, da qual sairia mais tarde o Papa
São Pio V (Antônio Chislieri). 3. João Pedro Carafa, bispo da
Igreja, dotado de habilidades diplomáticas e prestígio incomparável. Os Papas
lhe confiaram diversas missões, dentre as quais, planos de reforma empreendidas
pela cúria romana. A urgência de levar a Igreja a uma transformação radical e
necessária foi que levou-o a conhecer o belo projeto de São Caetano, a quem
humildemente pediu admissão como companheiro na Ordem. Trinta anos depois, veio
a assumir o trono pontifício com o nome de Paulo IV, em cujo pontificado
permaneceu de 1555 a 1559.
Aos
religiosos deu uma regra, que os obrigava à perfeita pobreza, proibindo-lhes não
só aceitar a mínima recompensa pelos trabalhos, mas vedando-lhes até pedir
esmola. Por mais rigoroso que isto o parecesse, houve muitos que pediram ser
aceitos como membros da nova Ordem. A primeira casa foi fundada em Roma. Um ano
depois a invasão do Exército Imperial fê-los sair da Cidade Eterna. Uma
segunda casa foi fundada em Nápoles. Devido à intervenção enérgica de Caetano,
a heresia luterana não conseguiu tomar pé naquela cidade.
Apóstolo do bem, era Caetano de
extremo rigor contra si mesmo. A vida era-lhe o jejum contínuo, uma penitência
sem fim. Verdade é que, nisto não lhe consistindo a santidade, Deus o
distinguiu com privilégios e dons extraordinários. Muitas vezes teve
aparições de Nossa Senhora, das quais a memorável foi a da noite de Natal,
em que Maria Santíssima se dignou apresentar-lhe o Divino Infante.
Contam-se às centenas as curas maravilhosas feitas pela oração do santo
servo de Deus. Em muitas ocasiões predisse o futuro, com uma certeza tal, que
não deixou dúvida de tê-la recebido diretamente de Deus.
A série de obras de caridade para
com o próximo quis Caetano rematá-lo com uma, que lhe mereceu a gratidão do
povo de Nápoles. As autoridades civis e eclesiásticas de Nápoles tinham
resolvido estabelecer o tribunal da Inquisição, para ter uma arma forte
contra a heresia que vinha da Alemanha. O povo se opôs a esta idéia e a
tal ponto chegou sua excitação, que era para se recear um levantamento geral.
Os homens mais influentes em vão se esforçavam para tranqüilizar a população.
São Caetano, prevendo o enorme prejuízo que daí resultaria para as almas,
ofereceu sua vida a Deus, pedindo-lhe que a aceitasse, para que fosse
conservada a paz e concórdia entre o povo e as autoridades. Deus aceitou o
sacrifício. Caetano adoeceu gravemente e morreu. Imediatamente amainou a
tempestade e os espíritos se acalmaram, fato que todos atribuíram à
intervenção do Santo. As últimas palavras que disse foram: " Não há outro
caminho para o céu, a não ser o da inocência e o da penitência. Quem
abandonou o primeiro, tem de trilhar o segundo". Caetano morreu em 1547.
Reflexões:
A vida de São Caetano, vivida
através da pureza e penitência, apresenta ainda outras coisas à nossa
consideração, por exemplo, o desapego dos bens terrestres e a confiança
ilimitada na Divina Providência. O mal de muita gente é uma preocupação
exagerada com as coisas do mundo. Com receio de experimentar prejuízo, não se
dão à pena de rezar de manhã e de noite, de ouvir a santa Missa. A atenção
está concentrada num ponto só: ganhar dinheiro. Que sem a bênção de Deus
nada conseguem, é uma circunstância de que não se lembram. Não devemos
pertencer a essa classe de gente. A nossa confiança deve star em Deus, que
veste os lírios do campo e dá alimento às aves do céu. Procuremos primeiro o
reino dos céus e tudo o mais nos será dado por acréscimo. .
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