Beato César de Bus

Também nesta data: Santos: Maro, Vitorino e Eutiques; Anastacia e Basilissa
Patrono dos Catequistas Modernos
A congregação foi fundada pelo Padre César de Bus na cidade de L’isle, no ano de 1592 e obteve aprovação em 23 de dezembro de 1597, pelo Papa Clemente VIII.
César de Bus nasceu no dia 03 de fevereiro do ano de 1544 e desde a sua
juventude nutria aspiração em seguir a carreira militar. Seu irmão, que era
capitão do Rei Carlos IX, da França, sabendo das inclinações de César de Bus, o
convocou para embarcar numa frota real, ocasião em que, quando preparava-se
para isto foi acometido, de forma repentina, de uma grave enfermidade que o
impediu de realizar o seu intento.
Quem o assistiu durante seu estado de convalescença, foram os Jesuítas de
Avignon, o capelão e uma camponesa, fato que proporcionou sua aproximação com
o bispo Cavaillon . As palavras, admoestações e exemplo destes cristãos
exemplares, fizeram com que César de Bus fosse reconduzido para a Santa
Religião, de onde havia afastado-se. Tão eficaz e profunda foi sua conversão
que, tão logo obteve a cura da enfermidade, mudou completamente de vida e
passou a viver com afinco a são doutrina e acabou ingressando nos estudos para
se tornar sacerdote. Foi nesta época que já começou sua pregação, percorrendo
sítios e lugares remotos, ensinando o catecismo. Fundou, com seu primo
Romillon, centros de educação e instrução religiosa, cujo objetivo era atingir
a população rural e de lugares remotos, aplicando a catequese nas mais
variadas modalidades, tendo por prioridade a evangelização por meio da
catequese às crianças.
Aos 38 anos de idade, foi ordenado sacerdote e nessa ocasião, já reunia em torno
de si muitos jovens. Contando com auxílio e empenho de bispos e padres da
região, formou uma enorme comunidade, que tomou o nome de "Congregação dos
Padres da Doutrina Cristã", ou "Doutrinários", os quais viviam todos juntos,
mesmo sem terem pronunciado os votos da Congregação. Como César de Bus
queria que os padres pronunciassem definitivamente os votos, houve séria
discordância entre ele e o co-fundador, seu primo Romillon, que era de opinião
que os sacerdotes deviam permanecer na sua condição original, sem necessidade do
pronunciamento dos votos. Como não houve acordo, Romillon se transferiu para a
casa de Aix-en-Provance, enquanto César de Bus permaneceu na sede de
Avignon.
Além da Congregação dos Padres Doutrinários,
César de Bus fundou um segmento feminino, denominado Congregação das Filhas da
Doutrina Cristã. Por sua dedicação e empenho resoluto na difusão e ensino do
catecismo da Igreja, passou a ser considerado o "Patrono dos Catecistas
Modernos".
Morreu em decorrência de uma longa e sofrida
enfermidade, entregando a alma a Deus no dia 15 de abril de 1607. O Papa Pio
VII declarou-o Venerável em 1821, tendo sido beatificado em 1975 pelo Papa
Paulo VI.
Reflexões
A vida de César de Bus reflete empenho
constante pela difusão da Sã Doutrina, pelo uso de uma das ferramentas mais
importantes que o mundo contemporâneo parece ter esquecido: O Catecismo. Ele é
a base sólida de todas as virtudes, e ajudam a formar, desde a tenra idade
todos os princípios necessários para uma sólida convicção cristã. Todos os
cristãos brilhantes que o mundo conheceu, tiveram uma consistente educação na
infância pela prédica do catecismo. César de Bus enxergava isto cristalinamente
e por esta sua característica tão forte, pela transmissão desses divinos
conhecimentos, foi escolhido como "Patrono dos Catequistas Modernos".
Não só os membros da Doutrina Cristã, mas
também os nossos Catequistas leigos, fazem parte de uma Escola importantíssima.
São eles os responsáveis em continuar a obra da qual a família lançou por
fundamento. É esta a grandiosa missão da Escola doutrinária: Ensinar e educar
as crianças e a mocidade o caminho do dever, encaminhá-las pelas veredas da
virtude; acostumá-las à práticas indispensáveis da Religião que Deus edificou. O
magistério católico é um verdadeiro apostolado. Felizes daqueles que para ele
forem chamados, quer na Congregação, quer no mundo. Se os sacrifícios são
muitos, se a tarefa do ensino é árdua, o nosso consolo também é grande: O
consolo de trabalhar diretamente pela Igreja de Cristo na pregação e ensino
cristão, na catequese; o consolo que há nas palavras do Espírito Santo, que
diz: "Os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça, luzirão
como estrelas por toda a eternidade" (Dan. 12, 3)
* * * * * * * * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário