Pontificado ano de 235 a 236
Santo Antero, sucessor de São Ponciano, foi o décimo nono Papa da Igreja. Era natural da Grécia, tendo seu pontificado durado pouco mais de um
mês. Assumiu a Cadeira de Pedro em novembro de 235 e morreu martirizado no mês
de janeiro do ano subsequente.
Apesar do curto período em que
permaneceu à frente da Igreja de Cristo,
seu nome ficou marcado pelo importante empenho na preservação do acervo
documental católico, permitindo aos historiadores o acesso à diversas informações escritas da Igreja
primitiva. Graças a
isto, foram mantidas as bases de
conhecimento de muitas coleções redigidas pelos notários.
Ele se encarregou especialmente em
organizar as atas concernentes
aos mártires da Igreja, determinando que fossem lavradas cópias para serem
guardadas nas igrejas. Definiu também a compilação de documentos
canônicos oficiais, os quais foram
guardados em um lugar chamado
“scriniun”. Muitas recompilações foram queimadas por ordem do imperador Diocleciano, mas voltaram a ser redigidas para desaparecerem novamente
nos tempos do Papa Honório III (1225).
Sofreu o martírio sob o governo de
Maximiano, no dia 03 de Janeiro de 236, tendo seu corpo sido sepultado
junto às catacumbas de São Calixto.
Reflexões:
Santo Antero dedicou-se em colecionar e catalogar as atas
dos mártires e certamente, isto contribuiu para que muitas das preciosas
histórias não se perdessem no tempo. Verdadeiros exemplos e forças motrizes que
revigoram a fé, o exemplo dos mártires nos confirma que a terra é com razão
chamada um vale de lágrimas. Lágrimas umedecem os olhos não só do crente, mas
também do infiel. Para todos a vida é uma luta, ou na linguagem de Jó "uma
guerra". Para os infiéis, que tem os olhos voltados para a terra, mesmo que
materialmente vitoriosa, a batalha resulta muitas vezes na perdição, na derrota
eterna; para os outros, esta guerra, sobretudo com as baixas causadas pelo
martírio, a salvação. Santo Antero preservou zelosamente o ensinamento
destes Santos mártires e acabou agremiando-se a eles, com o recebimento da
gloriosa coroa do martírio. Seus exemplos, nos indicam a postura a tomar no
combate: Olhos fixos para o alto, onde os espinhos, as quedas e as baixas são
muitas vezes, necessariamente inevitáveis.
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