São Lourenço

Lourenço era o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Devia ter uma boa formação acadêmica, pois, seu cargo era de muita responsabilidade e importância. Depois do Papa Xisto II, era o responsável pela Igreja. Ele era o assistente do Papa nas celebrações e na distribuição da Eucaristia.
Além disto ele era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.
No ano 257 o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os cristãos: proibiu as reuniões dos cristãos, fechou as catacumbas, exilou os bispos e exigiu respeito aos ritos pagãos. Finalmente ordenou que os bispos e padres fossem todos mortos.
Por causa da perseguição religiosa, o Papa Xisto II foi morto, junto com seis diáconos. Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o Papa um pouco antes dele morrer. O Papa teria lhe pedido para que distribuísse aos pobres todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos do governador.
Lourenço distribuiu riquezas aos pobres e cuidou de esconder os livros e objetos sagrados. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos, doentes e os colocou na frente do governador, dizendo: "Pronto, eis aqui os tesouros da Igreja". Irado, o chefe pagão mandou que o amarrassem sobre uma grelha, para ser assado vivo e lentamente. O suplício cruel não desviou Lourenço de sua fé. Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela cidade de Roma.
Reflexão:
O nome de São Lourenço brilha como astro de primeira grandeza no firmamento da Igreja primitiva. Seu martírio trouxe vida para a Igreja. O testemunho de sua fé no Cristo nos anima a continuar enfrentando as tempestades da vida. Façamos também a nossa parte na construção do reino de Deus.
Oração:
Onipotente Deus, que ao vosso bem aventurado mártir São Lourenço destes forças para triunfar os tormentos, concedei-me que se extingam em mim as chamas do pecado. Reparti comigo vossa coragem para enfrentar os perigos e vossa fé para depositar em Deus vossa vida e vossa alma. Por Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina, Amem.!
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Santa Filomena
Santa Filomena
Santa Filomena era filha de um rei da Grécia, e sua mãe
era também de sangue real; como não lhes vinham filhos, ofereciam sacrifícios e
preces constantemente a seus falsos deuses para consegui-los. Providencialmente,
o médico do palácio, de nome Públio, era cristão. Penalizado pela cegueira
espiritual de seus soberanos e inspirado pelo Divino Espírito Santo, falou-lhes
da nossa Fé, garantindo-lhes que suas orações seriam ouvidas se abandonassem os
falsos deuses e abraçassem a Religião Cristã. Impressionados com o que ouviram,
e tocados pela Graça, resolveram receber o Batismo, após o qual lhes nasceu uma
linda filhinha no dia 10 de janeiro do ano seguinte. Imadiatamente, chamaram-na
de Lumena ou luz, por ter nascido à luz da fé. Na pia batismal deram-lhe o nome
de Filomena, isto é, Filha da Luz, da Luz Divina que lhe iluminou a alma por
meio desse Augusto Sacramento.
O Papa Gregório XVI, tendo recebido o parecer favorável
da Sagrada Congregação dos Ritos à canonização de Santa Filomena, elevou-a à
honra dos altares, instituindo ofício próprio para o culto e a festa,
proclamando-a 'A Grande Taumaturga do Século XIX', 'Padroeira do Rosário Vivo' e
'Padroeira dos Filhos de Maria'.
As relíquias de Santa Filomena ainda são preservadas
em Mugnano, na Itália.
RAÇÃO - Ó gloriosa Virgem e Mártir Santa
Filomena, que do Céu onde reinais vos comprazeis em fazer cair sobre a Terra
benefícios sem conta, eis-me aqui prostrado a vossos pés para implorar-vos
socorro para minhas necessidades que tanto me afligem, vós que sois tão poderosa
junto a Jesus, como provam os inumeráveis prodígios que se operam por toda parte
onde sois invocada e honrada. Alegro-me ao ver-vos tão grande, tão pura, tão
santa, tão gloriosamente recompensada no céu e na terra. Atraído por vossos
exemplos à prática de sólidas virtudes e cheio de esperança à vista das
recompensas concedidas aos vossos merecimentos, eu me proponho de vos imitar
pela fuga do pecado e pelo perfeito cumprimento dos mandamentos do Senhor.
Ajudai-me, pois, ó grande e poderosa Santinha, nesta hora tão angustiante em que
me encontro, alcançando-me a graça ... e sobretudo uma pureza inviolável, uma
fortaleza capaz de resistir a todas as tentações, u ma generosidade de que não
recuse a Deus nenhum sacrifício e um amor forte como a morte pela fé em Jesus
Cristo, uma grande devoção e amor a Maria Santíssima e ao Santo Padre, e ainda a
graça de viver santamente a fé para um dia estar contigo no céu por toda a
eternidade.
MAIS SOBRE ELA
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória...
Philomena foi uma santa muito reverenciada. Teria sido uma mártir e virgem e os seus restos foram descobertos na catacumba de Santa Priscilla na Via Salaria em 1802. A tumba estava coberta com três pedras com a inscrição "Lumena Pax Te Cum Fi". Quando colocadas na ordem correta significavam "Paz esteja convosco Filumena". Com base no achado, os ossos da tumba foram presumidos como sendo o de uma cristã e mártir. Assim ela foi venerada como uma santa e alguns milagres foram reportados como tendo acontecido durante o traslado das relíquias para o templo de Mugnano, na Diocese de Nola.
A Philomena foi dado um oficio próprio na Missa pelo Papa Pio IX em 1855 e graças à devoção intensa de São João de Vianney (1859), ela logo se tornou uma das santas mais populares da Igreja. Investigações arqueológicas posteriores revelaram que talvez os ossos e a inscrição não correspondiam à mesma pessoa.
A freira Maria Luiza de Nápoles teve uma serie de visões nas quais incluía a história de Santa Filomena e o dia de sua festa como sendo 10 de Agosto (que por uma incrível coincidência foi o dia do traslado de suas relíquias para Mugnano).
De acordo com esta visão Philomena era filha convertida, de um nobre Grego e foi dado o nome de Lumena, mais tarde batizada Philomena (o que a irmã Maria Luiza pensava ter o significado de filha da luz), mas que em grego Lioumene significa "amada". Segundo as mesmas visões Dioclécio queria casar-se com ela, mas a mesma havia entregado sua virgindade a Jesus. A descrição do seu martírio é cheia de anjos que curavam as feridas, antes mesmo de outros suplícios, o que seria para alguns escolares um provável sinal de não autenticidade.
Mas São João Batista Vianney, o Cure d'Ars, construiu um santuário em sua honra e referia-se a ela como tendo curado a quase morta Pauline Jaricot, fundadora da Associação da Propagação da Fé, no tempo de Philomena. Isto espalhou seu culto por toda a Itália e o culto público acabou sendo autorizado.
O Papa Leão VII deu permissão para construção de altares e igrejas em sua honra. O Papa GregorioXVI autorizou a sua veneração pública e a indicou padroeira do Rosário Vivo. A cura de do Papa Pio IX, quando ele era ainda o Arcebispo de Imola foi atribuída a Philomena e em 1849 ele a nomeou padroeira das Filhas de Maria.
Entretanto bem mais tarde os Beneditinos descobriram que o arranjo das pedras era um costume saxônico da época e que se usavam pedras já gravadas no 4° século. Adicionalmente, os ossos não eram tão velhos e os ossos originalmente enterrados na tumba teriam sido removidos mais cedo. Assim em 1961 seu culto foi abolido pelo Papa João XXIII, e seu santuário demolido.
Mas suas relíquias são preservadas em Mugnano, Itália.
Cumpre observar que mesmo que seu nome não seja Philomena, os milagres permanecem e nada impede que seus devotos continuem chamando-a Santa, pois se sabe que foi uma mártir, e vários milagres foram creditados a sua intercessão.
Aqueles que ficaram sem padroeira ficaram muito zangados, mas a Igreja apontou para Santa Filomena de São Severino. É que esta segunda Santa tem uma semelhança incrível com a primeira. Quando se desmantelou o antigo altar de São Severino (perto de Ancona), os pedreiros encontraram um corpo perfeitamente conservado e exalando perfume. Um pergaminho amarrado em seu pescoço identifica o corpo como sendo o de Santa Philomena, filha Clafellorum trasladado para São Severino no tempo dos Goaths.
Na arte da liturgia da Igreja Santa Philomena (de São Severino) é mostrada como uma moça com um lírio ou uma ancora e três flechas. Ela às vezes é mostrada segurando uma palma e um açoite.
SANTA FILOMENA
Filomena, uma jovem mártir da igreja primitiva, adormeceu no esquecimento da história até a descoberta de seus restos mortais em 24 de maio de 1802. Aconteceu no dia de Maria Auxiliadora, durante uma das escavações que se fazem constantemente em Roma. Ela foi encontrada na Catacumba de Santa Priscila, na Via Salaria.
Em uma tumba havia três placas juntas que fechavam a entrada, e nelas havia uma inscrição que estava rodeada por símbolos que aludiam ao martírio e à virgindade da pessoa ali enterrada. Os símbolos eram: âncora, três setas, uma palma e uma flor.
Quando os cientistas estavam transferindo o sangue seco para um novo frasco transparente, diante de todos os que estavam presentes, sucedeu-se um feito extraordinário. Para o assombro de todos, viram que as pequenas partículas de sangue seco, quando caíam no novo frasco, brilhavam como ouro, diamantes e pedras preciosas e resplandeciam em todas as cores do arco-íris. (Até o presente, pode-se observar, em alguns momentos de graça, que estas partículas mudam de cor.)
As pessoas favorecidas foram um jovem artista de boa moral e vida piedosa, um devoto sacerdote e uma piedosa religiosa de Nápoles, a Venerável Madre Maria Luísa de Jesus, que morreu em odor de santidade. (Essas revelações receberam o Imprimatur da Santa Sé, dando testemunho de que não há nada contrário à Fé. A Igreja não fez nenhum outro pronunciamento e não garante a autenticidade das supostas revelações. A Santa Sé deu a autorização para a propagação delas em 21 de dezembro de 1883.)
Meu cativeiro durou trinta e sete dias, e em meio a uma luz celestial, vi Maria com seu Divino Filho em seus braços, a qual me disse: "Filha, três dias mais de prisão, e depois de quarenta dias se acabará este estado de dor". As felizes notícias fizeram meu coração bater de alegria, mas como a Rainha dos Anjos havia dito, deixaria a prisão para sustentar um combate mais terrível que os que já havia tido. Passei da alegria a uma terrível angústia, que pensava que me mataria. "Filha, tem coragem", disse a Rainha dos Céus, e me recordou meu nome, o qual havia recebido no meu Batismo, dizendo-me: "Tu és LUMENA, e teu Esposo é chamado Luz. Não tenhas medo. Eu te ajudarei. No momento do combate a graça virá para dar-te força. O anjo Gabriel virá socorrer-te, Eu lhe recomendarei especialmente a ele o teu cuidado".
Quando o imperador foi informado da mudança que em mim havia ocorrido, mandou que me levassem diante de sua presenta e tratou de fazer-me ver que minha cura se devia a Júpiter, o qual desejava que eu fosse a imperatriz de Roma. O Espírito Divino, a quem devia a constância em perseverar na pureza, me encheu de luz e conhecimento, e a todas as provas que dava da solidez da nossa Fé, nem o imperador nem sua corte podiam encontrar resposta.
Fonte (em espanhol): Corazones.Org
Filomena, uma jovem mártir da igreja primitiva, adormeceu no esquecimento da história até a descoberta de seus restos mortais em 24 de maio de 1802. Aconteceu no dia de Maria Auxiliadora, durante uma das escavações que se fazem constantemente em Roma. Ela foi encontrada na Catacumba de Santa Priscila, na Via Salaria.
A inscrição dizia: LUMENA PAXTE CUM FI. Entende-se que essas placas podem ter sido colocadas em ordem incorreta, devido à pressa ou ao pouco conhecimento do latim da pessoa que a enterrou. No entanto, com a inscrição corretamente colocada leria-se: PAX TECUM FILUMENA (em português: A paz esteja contigo, Filomena).
Ao abrir a tumba descobriram seu esqueleto, que era de ossos pequenos, e perceberam que seu corpo havia sido transpassado por flechas. Ao examinar os restos, os cirurgiões testemunharam os tipos de feridas que a jovem mártir recebeu e os especialistas concordaram, calculando que a menina foi martirizada entre a idade de 12 ou 13 anos.
COSTUMES DOS PRIMEIROS CRISTÃOS
elo entusiasmo que causava nos primeiros cristãos a coragem daqueles que morriam pela fé, costumavam marcar a lápide com o símbolo da palma, e colocavam ao lado um pequeno frasco contendo o sangue do mártir.Quando os cientistas estavam transferindo o sangue seco para um novo frasco transparente, diante de todos os que estavam presentes, sucedeu-se um feito extraordinário. Para o assombro de todos, viram que as pequenas partículas de sangue seco, quando caíam no novo frasco, brilhavam como ouro, diamantes e pedras preciosas e resplandeciam em todas as cores do arco-íris. (Até o presente, pode-se observar, em alguns momentos de graça, que estas partículas mudam de cor.)
Os ossos, crânio e cinzas, junto com o frasco que continha o sangue, foram depositados em um ataúde, o qual foi fechado e triplamente selado. Sob guarda de honra, o ataúde de ébano foi levado, à custódia do Cardeal Vigário de Roma, a uma capela onde se guardam os corpos dos santos.
A Congregação de Indulgências e Relíquias declarou a autenticidade das relíquias da mártir.
DADOS BIOGRÁFICOS
Apesar de ter seus restos mortais, a Igreja ainda não sabia nada sobre a vida de Santa Filomena. O que sabemos desta santa é graças a revelações particulares recebidas da santa em 1863 por três diferentes pessoas, em resposta às orações de muitos que desejavam saber quem era ela e como chegou ao martírio.As pessoas favorecidas foram um jovem artista de boa moral e vida piedosa, um devoto sacerdote e uma piedosa religiosa de Nápoles, a Venerável Madre Maria Luísa de Jesus, que morreu em odor de santidade. (Essas revelações receberam o Imprimatur da Santa Sé, dando testemunho de que não há nada contrário à Fé. A Igreja não fez nenhum outro pronunciamento e não garante a autenticidade das supostas revelações. A Santa Sé deu a autorização para a propagação delas em 21 de dezembro de 1883.)
A HISTÓRIA DA VIDA SEGUNDO AS REVELAÇÕES À MADRE MARIA LUÍSA DE JESUS
Eu sou filha de um príncipe que governava um pequeno estado da Grécia. Minha mãe era também da realeza. Eles não tinham filhos. Eram idólatras e continuamente ofereciam orações e sacrifícios a seus deuses falsos.
Um doutor de Roma chamado Publio vivia no palácio à serviço de meu pai. Este doutor tinha professado o cristianismo. Vendo a aflição dos meus pais, e por um impulso do Espírito Santo, lhes falou acerca de nossa Fé e lhes prometeu orar por eles, se consentissem em batizar-se. A graça que acompanhava suas palavras iluminaram o entendimento de meus pais e triunfou sobre a vontade deles. Se fizeram cristãos e obtiveram seu esperado desejo de ter filhos.
Um doutor de Roma chamado Publio vivia no palácio à serviço de meu pai. Este doutor tinha professado o cristianismo. Vendo a aflição dos meus pais, e por um impulso do Espírito Santo, lhes falou acerca de nossa Fé e lhes prometeu orar por eles, se consentissem em batizar-se. A graça que acompanhava suas palavras iluminaram o entendimento de meus pais e triunfou sobre a vontade deles. Se fizeram cristãos e obtiveram seu esperado desejo de ter filhos.
Ao nascer, puseram-me o nome de Lumena, em alusão à luz da Fé, da qual era fruto. No dia de meu batismo me chamaram Filomena, filha da luz (filia luminis) porque neste dia havia nascido à Fé.
Meus pais me tinham grande carinho e sempre me tinham com eles. Foi por isso que me levaram a Roma, em uma viagem que meu pai foi obrigado a fazer devido a uma guerra injusta.
Eu tinha treze anos. Quando chegamos na capital nos dirigimos ao palácio do imperador e fomos admitidos para uma audiência. Assim que Diocleciano me viu, fixou os olhos em mim.
Meus pais me tinham grande carinho e sempre me tinham com eles. Foi por isso que me levaram a Roma, em uma viagem que meu pai foi obrigado a fazer devido a uma guerra injusta.
Eu tinha treze anos. Quando chegamos na capital nos dirigimos ao palácio do imperador e fomos admitidos para uma audiência. Assim que Diocleciano me viu, fixou os olhos em mim.
O imperador ouviu toda a explicação do príncipe, meu pai. Quando este acabou, e não querendo ser já mais molestado, lhe disse: "Eu colocarei à tua disposição toda a força de meu império. Eu somente desejo uma coisa em troca, que é a mão de tua filha". Meu pai deslumbrado com uma honra que não esperava, aceita imediatamente a proposta do imperador, e quando regressamos à nossa casa, meu pai e minha mãe fizeram todo o possível para me induzir a ceder aos desejos do imperador e aos seus. Eu chorava e lhes dizia: "Vocês desejam que por amor de um homem eu rompa a promessa que eu fiz a Jesus Cristo? Minha virgindade pertence a Ele e eu já não posso dispor dela".
"Mas você é muito jovem para esse tipo de compromisso" – me diziam – e juntavam as mais terríveis ameaças para me fazer aceitar a mão do imperador.
A graça de Deus me fez invencível. Meu pai, não podendo fazer o imperador ceder e para desfazer-se da promessa que havia feito, foi obrigado por Diocleciano a me levar à sua presença.
Antes tive que suportar novos ataques da parte de meus pais até o ponto, que de joelhos diante de mim, imploraram com lágrimas em seus olhos que tivesse piedade deles e de minha pátria. Minha resposta foi: "Não, não, Deus e o voto de virgindade que eu Lhe fiz está em primeiro que vocês e minha pátria. Meu reino é o Céu".
Minhas palavras os fizeram desesperar e me levaram diante da presença do imperador, que fez todo o possível para ganhar-me com suas atrativas promessas e com suas ameaças, as quais foram inúteis. Ele ficou furioso e influenciado pelo demônio me mandou a uma das prisões do palácio, onde fui acorrentada. Pensando que a vergonha e a dor fossem debilitar o valor que meu Divino Esposo me havia inspirado, vinha me ver todos os dias e soltava minhas cadeias para que pudesse comer a pequena porção de pão e água que recebia como alimento, e depois renovava seus ataques, que se não fosse pela graça de Deus não teria podido resistir.
Eu não cessava de encomendar-me a Jesus e à sua Santíssima Mãe.Meu cativeiro durou trinta e sete dias, e em meio a uma luz celestial, vi Maria com seu Divino Filho em seus braços, a qual me disse: "Filha, três dias mais de prisão, e depois de quarenta dias se acabará este estado de dor". As felizes notícias fizeram meu coração bater de alegria, mas como a Rainha dos Anjos havia dito, deixaria a prisão para sustentar um combate mais terrível que os que já havia tido. Passei da alegria a uma terrível angústia, que pensava que me mataria. "Filha, tem coragem", disse a Rainha dos Céus, e me recordou meu nome, o qual havia recebido no meu Batismo, dizendo-me: "Tu és LUMENA, e teu Esposo é chamado Luz. Não tenhas medo. Eu te ajudarei. No momento do combate a graça virá para dar-te força. O anjo Gabriel virá socorrer-te, Eu lhe recomendarei especialmente a ele o teu cuidado".
As palavras da Rainha das Virgens me deram ânimo. A visão desapareceu deixando a prisão cheia de um perfume celestial.
O que se havia anunciado, logo se realizou. Diocleciano, perdendo todas as suas esperanças de me fazer cumprir a promessa de meu pai, tomou a decisão de torturar-me publicamente e o primeiro tormento era ser flagelada. Ordenou que me tirassem meus vestidos, que fosse atada a uma coluna em presença de um grande número de homens da corte, e fez com que me chicoteassem com tal violência que meu corpo se banhou em sangue e parecia como uma só ferida aberta. O tirano, pensando que eu ia desmaiar e morrer, mandou que me arrastassem à prisão para que morresse.
Dois anjos, brilhantes como a luz, apareceram a mim na escuridão e derramaram um bálsamo sobre minhas feridas, restaurando em mim a força, que não tinha antes de minha tortura.
Então, o imperador frenético, ordenou que me lançassem, com uma âncora atada ao pescoço, nas águas do rio Tibre. A ordem foi executada imediatamente, mas Deus permitiu que não acontecesse. No momento em que eu ia ser precipitada ao rio, dois anjos vieram em meu socorro, cortando a corda que estava atada à âncora, a qual foi parar no fundo do rio, e me transportaram gentilmente, à vista da multidão, às margens do rio.
O MILAGRE TROUXE MUITOS CONVERTIDOS AO CRISTIANISMO
O imperador, alegando que o milagre se devia à magia, mandou que me arrastassem pelas ruas de Roma e ordenou que me fosse disparada uma chuva de flechas. Sangue brotou de todas as partes do meu corpo, e ele ordenou que eu fosse levada de novo a meu calabouço.
Então o céu me honrou com um novo favor. Entrei em um doce sonho e quando despertei estava totalmente curada. O tirano, cheio de raiva, disse: "Que seja transpassada com flechas afiadas". Outra vez os arqueiros dobraram seus arcos, empenharam todas as suas forças, porém as flechas se negaram a sair. O imperador estava presente e ficou furioso, e pensando que a ação do fogo podia romper o encanto, ordenou que as esquentassem no forno e que fossem dirigidas ao meu coração. Ele foi obedecido, mas as flechas, depois de haver percorrido parte da distância, tomaram a direção contrária e regressaram, ferindo aqueles que as haviam atirado. Seis dos arqueiros morreram. Alguns deles renunciaram ao paganismo e o povo começou a dar testemunho público do poder de Deus que me havia protegido. Isto enfureceu o tirano. Este determinou apressar minha morte, ordenando que minha cabeça fosse cortada com um machado. Então, minha alma voou até meu Divino Esposo, que me deu a palma do martírio e a coroa da virgindade.
Então o céu me honrou com um novo favor. Entrei em um doce sonho e quando despertei estava totalmente curada. O tirano, cheio de raiva, disse: "Que seja transpassada com flechas afiadas". Outra vez os arqueiros dobraram seus arcos, empenharam todas as suas forças, porém as flechas se negaram a sair. O imperador estava presente e ficou furioso, e pensando que a ação do fogo podia romper o encanto, ordenou que as esquentassem no forno e que fossem dirigidas ao meu coração. Ele foi obedecido, mas as flechas, depois de haver percorrido parte da distância, tomaram a direção contrária e regressaram, ferindo aqueles que as haviam atirado. Seis dos arqueiros morreram. Alguns deles renunciaram ao paganismo e o povo começou a dar testemunho público do poder de Deus que me havia protegido. Isto enfureceu o tirano. Este determinou apressar minha morte, ordenando que minha cabeça fosse cortada com um machado. Então, minha alma voou até meu Divino Esposo, que me deu a palma do martírio e a coroa da virgindade.

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