Não erramos em procurarmos São Matias entre os 72 discípulos de Jesus Cristo. Os Atos dos Apóstolos referem que São Matias foi eleito pelos Apóstolos, para substituir o traidor Judas Iscariotes, e esta eleição se fez nos dias depois da gloriosa Ascensão de Jesus Cristo e antes da vinda do Espírito Santo. Da vida anterior do Apóstolo, do lugar de sua origem, nada sabemos. O que lemos de sua atividade apostólica, da sua morte, não traz o cunho da certeza histórica. Os martirológicos gregos afirmam que Matias pregou o Evangelho na Judéia, em Jerusalém, depois da Etiópia, onde fundou um bispado e terminou a vida na cruz. Outras fontes históricas confirmam a comunicação do martirologio grego e acrescentam que Matias morreu em Sebastópolis, onde foi sepultado perto do templo do sol. Há outros historiadores que discordam radicalmente das fontes citadas, nada dizendo do martírio do Apóstolo, mas afirmam que Matias morreu em Jerusalém e lá foi sepultado. Há ainda uma terceira versão, segundo a qual Matias teria sido apedrejado pelos judeus e decapitado.
A
história deixa-nos, portanto, por completo na ignorância relativamente ao tempo
e ao lugar da morte ou Martírio de São Matias. A mãe de Constantino, o Grande,
Santa Helena, trouxe as relíquias de São Matias para Roma. Uma parte destas
relíquias é venerada na Igreja antiquíssima de São Matias em Tréves (Alemanha)
e outra na Igreja Santa Maria Maggiore em Roma.
Reflexões:
É muito eficaz invocar São Matias nos momentos de sérias
contendas, discussões acaloradas, ou agressões mútuas que possam culminar em
séria discórdia ou tragédia. Nestes momentos, ele intercede mesmo, dissipando
em segundos a ira e restabelecendo a paz.
São Clemente de Alexandria afirma que São Matias recomendava
aos neófitos as práticas da mortificação: "Quem quer ser discípulo de Cristo,
deve mortificar-se, castigar o corpo, levar a cruz e resistir aos apetites da
carne...". São Matias pregava não a pessoas que viviam no convento, mas ao povo
cristão essa lei, que a todos obriga. Nos dias atuais, milhões de desculpas
existem e muitas versões mirabolantes tentam nos afastar da prática da
mortificação. Há muitas pessoas que se sacrificam e mortificam-se com os
fardos que o dia-a-dia impõe, mas passam a vida inteira em murmúrios e
lamentações. Saibamos, portanto, aproveitar todas as nossas dores, desde as
mais sutis até as provações mais pesadas, oferecendo-as como sacrifícios
pessoais em honra a Santíssima Trindade, em desagravo dos pecados cometidos pela
humanidade, pelas almas do Purgatório e por tantas outras intenções! Fazendo
assim, caminhamos no mundo honrando e glorificando a Deus, bem como aliviando
e libertando muitas almas do cárcere purgativo. Lembremo-nos, de oferecer
todos os sacrifícios diários a cada manhã, certos que proporcionaremos ao
Céu e ao Purgatório, muitas alegrias com as nossas amarguras presentes.
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