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21 de maio de 2012

Santo André Bóbola, Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch



Santo André Bóbola
Vítima do Ódio à Religião Católica
André Bobola nasceu no ano de 1592 no Palatinado de Sandomir, na Polônia, de família ilustre e religiosa. Desde pequeno notaram-se no menino os dons extraordinários com que Deus tinha cumulado sua alma.
Fez seus estudos no colégio jesuíta de sua cidade natal, e já era apontado pelos mestres como modelo para os outros estudantes.
Com a idade de 21 anos, entrou para a Companhia de Jesus em Wilna. Fez profissão religiosa, sendo depois encarregado da educação da juventude em vários colégios jesuítas, conquistando os alunos por sua amabilidade e bondade.
Era corpulento, mas de baixa estatura. Seu ar nobre, afável e piedoso atraía as pessoas. Com longa barba, excelente espírito, memória feliz e expressão acolhedora, ia direto aos corações. Era entretanto sua profunda convicção o que mais atraía.
"Ai de mim se não evangelizar"
No dia 2 de junho de 1630, fez sua profissão solene e tornou-se superior da residência dos jesuítas em Bobruisk. Nesse tempo pôde revelar sua ardente caridade durante uma epidemia que dizimou a Lituânia. E só não foi vítima dela porque Deus Nosso Senhor o reservava para outro martírio mais heróico.
Demitiu-se em 1636 do cargo de superior, para dedicar-se exclusivamente às missões. Seu campo de ação foi sobretudo o reino da Lituânia, que ele percorreu por inteiro em suas caminhadas apostólicas.
Por esse tempo os cossacos da Ucrânia, os russos e os tártaros devastavam a Polônia, e a fé católica era objeto dos ataques simultâneos de protestantes e cismáticos. Os jesuítas, em particular, eram os mais odiados. Muitos foram expulsos de suas casas e levados em cativeiro. Era uma época muito difícil para o apostolado, entretanto o intrépido Pe. Bobola não se detinha diante dessas dificuldades. Ele podia dizer como São Paulo: "Ai de mim se não evangelizar".
Seu apostolado era fecundo. Janow, uma das cidades mais cultas da Lituânia, contava com apenas dois católicos quando ele começou a evangelizá-la. Seu trabalho foi tão abençoado que, à sua morte, praticamente toda a cidade tinha voltado à verdadeira fé. Mesmo os fiéis da Igreja Ortodoxa russa, cismática, não podiam resistir à sua pregação, e se convertiam em grande número à verdadeira Igreja.
"Cão jesuíta! Cão papista! Feiticeiro!"
Os sacerdotes cismáticos, não podendo segurar esses fiéis em suas fileiras, voltavam contra o missionário todo seu ódio. E davam dinheiro a desclassificados para atacarem-no com injúrias e maus tratos. Como isso não adiantasse, idealizaram outro método ainda mais grosseiro de prejudicar o Pe. Bobola: arrebanharam meninos de rua e os industriaram tão bem, que eles esperavam o missionário sair de sua residência e o acompanhavam depois, atirando-lhe os objetos mais vis, em meio a tremenda algazarra. Se o santo ia visitar um enfermo, esperavam-no do lado de fora, gritando contra ele os mais injuriosos epítetos. O mesmo faziam quando ele ia pregar. E assim procuravam tornar sua vida impossível.
Mas o Santo permanecia impassível diante de tanta injúria, mostrando mesmo para com esses moleques uma bondade, uma paz de coração, um desejo de fazer-lhes bem, que teria convertido pedras em filhos de Abraão. Mas os sacerdotes cismáticos o tinham previsto, e acautelavam os meninos contra esse "feitiço". Assim, quando o sacerdote procurava dirigir-lhes a palavra, afastavam-se gritando: "Cão jesuíta! Cão papista! Ladrão de almas! Feiticeiro! Feiticeiro!".
Entretanto, vendo que nada disso conseguia impedi-lo de continuar seu apostolado avassalador, determinaram tirar-lhe a vida. Para isso chamaram em seu auxílio os cossacos, que haviam invadido a Polônia.
Foi então que os jesuítas, e entre eles o Pe. Bobola, retiraram-se para Janow, onde poderiam ser mais úteis aos católicos perseguidos. Mas não tardou a aparecer nessa cidade um destacamento de cossacos, a quem os cismáticos tinham informado o paradeiro do missionário.
Martírio movido pelo ódio à Religião católica
No dia 16 de maio de 1657, véspera da Ascensão de Nosso Senhor, Santo André Bobola estava na pequena cidade de Perezdyle, onde fora pregar em preparação para a festa do dia seguinte. À notícia da aproximação dos cossacos, os fiéis pressionaram o santo para que fugisse. Dois dos cossacos alcançaram-no, despiram-no, amarraram-no a uma árvore e o moeram de golpes. Era o começo de uma série inaudita de tormentos, que só o ódio religioso pode suscitar. Sobre esse tremendo martírio, a Sagrada Congregação dos Ritos afirmou ser "talvez o martírio mais cruel que jamais se submeteu ao exame desta Sagrada Congregação".
Levado para os chefes, estes quiseram de todos os modos obter a apostasia do campeão de Jesus Cristo. Como nada conseguissem, ataram-no a um poste e o flagelaram impiedosamente durante largo tempo. Em seguida aplicaram-lhe em redor da cabeça dois galhos de um arbusto e os apertaram por meio de torções e contorções, provocando-lhe dores atrozes. Arrancaram-lhe então a pele das mãos, deixando-as em carne viva.
Mas não pararam aí. Ligaram-no às selas de dois cavaleiros e o obrigaram a segui-los até Janow. Como ele não andava com a velocidade desejada pelos cossacos, estes lhe deram vários golpes, recebendo ele nesta ocasião duas profundas feridas nos braços.
À entrada de Janow havia uma pequena casa destinada ao matadouro público. Ali levaram o santo, amarraram-no a um banco, e com tochas foram-lhe queimando a fogo lento os lados e o peito. Lembrando-se de que a vítima era sacerdote católico, cortaram-lhe a pele da cabeça no local da tonsura eclesiástica, deixando os ossos do crânio a descoberto. As mãos que tinham recebido a unção sagrada, e às quais já haviam arrancado a pele, foram ainda mais mutiladas. Cortaram-lhe as falanges de ambos os polegares, que serviam para a Consagração, e também o indicador da mão direita, desligando os músculos da mão esquerda para arrancarem os dedos juntamente com a pele. Virando-lhe o corpo, tiraram a pele das costas e de uma parte dos braços e lançaram palha de cevada moída sobre a carne viva. Afiaram depois estiletes de madeira e meteram-nos debaixo das unhas dos artelhos e dos dedos. A exemplo de Nosso Senhor em sua Paixão, tudo isso era entremeado com pancadas e bofetadas tão fortes, que fizeram saltar vários dentes, inchando-lhe enormemente a face.
Um requinte ainda era necessário: a língua, que tanto pregara, necessitava ser arrancada. Por isso, depois de lhe vazarem um olho, de cortar-lhe o nariz e de lhe rasgarem os lábios, abriram a garganta e arrancaram-lhe toda a língua. Depois tomaram um estilete e o espetaram no coração. Como o corpo martirizado ainda se contorcia, diziam rindo: "Como dança esse polaco!". Finalmente deram-lhe dois golpes de misericórdia.
Janow: igreja no lugar do martírio do santo
Ódio anti-católico renovado pelos comunistasDiz-se que nesse momento uma luz sobrenatural apareceu sobre Janow, e os cossacos fugiram a toda brida. Os católicos o enterraram no colégio dos jesuítas de Pinsk.Anos mais tarde os cossacos da Ucrânia voltaram a invadir a Lituânia meridional. No colégio de Pinsk, os jesuítas temeram por sua sorte. O superior se perguntava a qual santo recorrer nessa emergência, e na noite de 19 de abril de 1702 apareceu-lhe um religioso com o hábito jesuíta, que lhe disse: "Tendes necessidade de um protetor junto a Deus. Por que não vos dirigis a mim? Sou André Bobola, morto em ódio à fé pelos cossacos. Procurai meu corpo, eu serei o defensor do colégio".
Encontraram então o túmulo do mártir num canto da igreja do colégio, onde permanecia no esquecimento. Após 45 anos da morte, seu corpo estava incorrupto, coberto com os mil ferimentos do martírio, nos quais se via ainda o sangue fresco. A carne permanecia branda e flexível. Foi assim, por esse milagre estupendo, que a Providência quis tornar conhecidos muitos dos detalhes do martírio desse grande defensor da fé. Em seu processo de beatificação, é dito que foi ele mesmo o verdadeiro postulador de sua causa.

Em 17 de junho de 1938 os estos mortais de Santo André foram levados solenemente pelas ruas de Cracóvia
Santo André Bobola foi beatificado pelo Bem-aventurado Pio IX. Mas seu "martírio" post-mortem não cessara ainda. Quando os bolchevistas dominaram a Polônia, arrebataram violentamente as suas relíquias e as levaram para Moscou. Foi só depois de muitas e demoradas negociações que a Santa Sé conseguiu-as de volta, em 2 de novembro de 1923. Pio XI o canonizou solenemente em 1938, e mais tarde ele se tornou protetor da nobre nação polonesa.Martirizado pelos cismáticos com crueldade inaudita, seu corpo permaneceu incorrupto por 45 anos, trazendo as marcas das sevícias sofridas
Santo do século XVII, ele nasceu na Polônia e ficou conhecido como “caçador de almas”.
Santo André Bóbola pertenceu à Companhia de Jesus como sacerdote jesuíta dedicado aos jovens e ao anúncio da Palavra de Deus num tempo dos cismas, quando a fé católica não era obedecida.
Viveu também dentro de um contexto onde politicamente existia um choque entre a Polônia e a Rússia. Certa vez, com a invasão dos soldados cossacos, ou seja russos na Polônia, os cismáticos aproveitaram a ocasião para entregar o santo.
Ele, que tinha sido instrumento para muito se voltarem ao Senhor, foi preso injustamente e sofreu na mão dos acusadores. Foi violentado, mas não renunciou a sua fé. Renunciou a própria vida, mas não a vida em Deus.

No ano de 1657, morreu mártir. O “caçador de almas” hoje intercede para que nós.
Santo André Bóbola, rogai por nós.


                                                     Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch
                                                               Bem-aventurados

 
Padre Manuel Gomes Gonzalez nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Riberteme, Província de Fontevedra - Espanha. Foi ordenado sacerdote em 24 de maio de 1902 em Tui.

Em 1913, com grande espírito missionário e abertura de coração veio ao Brasil. Foi nomeado pároco da Igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, no Rio Grande do Sul. A 23 de janeiro de 1914, recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em 7 de dezembro de 1915, o bispo de Santa Maria - RS, Dom Miguel de Lima Valverde, nomeou Padre Manuel primeiro pároco da igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai. Iniciando assim seu trabalho pastoral: organizou o Apostolado da Oração, a Catequese paroquial, o combate ao analfabetismo. Lutando com muitas dificuldades econômicas, reformou a igreja matriz.

Na páscoa de 1924, Padre Manuel recebeu carta do Bispo de Santa Maria, pedindo que fosse ao Regimento do Alto Uruguai, fazer a páscoa dos Militares e depois fosse até a colônia Três Passos, para atender aos colonos de origem alemã, que estavam esperando missa, batizados e a bênção do cemitério. Padre Manuel convidou o seu coroinha Adílio Daronch que o acompanhasse num longo itinerário pastoral, a serviço da Paróquia de Palmeira das Missões.

Adílio Daronch nasceu em Dona Francisca (RS), em 1908, filho de Pedro Daroch e Judite Segabinazzi, migrantes italianos vindo da Itália em 1883, com a família. Adílio era o terceiro filho do casal. Em 1912 a família foi morar em Passo Fundo, onde o pai aprendeu o ofício de fotógrafo. Alguns meses depois a família retorna para Nonoai onde exerce o ofício de fotógrafo e tinha uma pequena farmácia de homeopatia. A família de Pedro era muito religiosa. Eram grandes colaboradores do Padre Manuel. Adílio era coroinha e auxiliar nos serviços do altar e da paróquia.

Nesta época o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de 1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue.

Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, no Alto Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de militares.

A caminho de Três Passos, ao chegar em "Feijão Miúdo" o coroinha Adílio e o padre Manuel foram surpreendidos por anticlericais e inimigos da religião. Foram levados para o mato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.

Os próprios colonos que encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924».

Quarenta anos depois, em 1964, os restos mortais foram desenterrados e os ossos foram levados para Nonoai, numa caravana, pela Diocese. Em 1997, a Diocese encaminhou o processo de beatificação. Foram escritos vários livros sobre estes mártires.

Em 2002: Na Visita Ad Limina, ao receber um abaixo-assinado dos bispos do Rio Grande do Sul, o Cardeal português, José Saraiva Martins, responsável pelas beatificações, nos disse:
"Vocês precisam divulgar mais esta causa dos mártires. A Igreja não pode beatificar uns mártires que apenas são conhecidos no Alto Uruguai. Alto Uruguai, parece ser de outro país, é preciso que esta causa venha a interessar a todo o Rio Grande e todo o Brasil, além disso, Espanha (onde padre Manuel nasceu e foi ordenado padre) e Portugal (onde trabalhou por mais de 10 anos na Arquidiocese de Braga) precisam conhecer esta causa".

Começou-se então um grande trabalho de divulgação. Falou-se diversas vezes a todos os Bispos do Brasil, em Itaici. Foram escritas cartas e e-mails aos bispos de Vigo (na Espanha) e Braga (em Portugal).

Dia 21 de outubro de 2007, foram beatificados, em Frederico Westphalen, os chamados mártires de Nonoai: o padre Manuel e o coroinha Adílio. A cerimônia foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos que veio diretamente de Roma. Cerca de 40 mil fiéis estavam presentes à cerimônia.

Em sua homilia, o cardeal Martins destacou: "santo é aquele que está de tal modo fascinado pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade que é por elas progressivamente transformado".

Foi o que fizeram os dois novos bem-aventurados disse o cardeal. "Pela beleza e verdade de Cristo e do seu Evangelho, os dois novos bem-aventurados renunciaram a tudo, também a si próprios, também à sua própria vida, que é o maior tesouro que Deus nos deu".

Hoje, a Igreja reconhece a vitória do padre Manuel e do coroinha Adílio, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa intercessão.

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