Pontificado: 590 a 604
Gregório
Magno, Papa e Doutor da Igreja, nasceu em Roma, em 540. O pai, Gordiano, era
Senador e, como a mãe, Sílvia, pessoa muito religiosa. De mútuo acordo Gordiano
e Sílvia se dedicaram ao serviço de Deus, ele abraçando o estado eclesiástico e
ela, retirando-se à solidão, para servir unicamente a Deus. Gordiano recebeu o
diaconato e prestou grandes serviços como Cardeal-diácono.
Gregório
recebeu uma educação esmerada e distinguia-se entre os companheiros, pelo seu
saber e pela virtude. Tendo 34 anos de idade, o Imperador Justino II nomeou-o
pretor, primeiro ministro de Roma. Nesta elevada posição deu altas provas de
amor à justiça, de humildade e piedade. Depois da morte do pai, renunciou o
cargo e fundou sete conventos: seis na Sicília e um em Roma. O seu palácio no
Monte Célio foi transformado em mosteiro beneditino. Em 575 tomou o hábito da
mesma Ordem. Como religioso, foi modelo para todos, nas virtudes da vida
monástica. Em certa ocasião viu Gregório escravos, que tinham vindo da
Inglaterra. A triste sorte desses infelizes comoveu-o profundamente e, sabendo
que a Inglaterra estava ainda mergulhada
nas trevas do paganismo, pediu e obteve licença para dedicar-se à obra da missão
na Inglaterra. Não chegara ao termo da viagem, quando uma ordem do Papa Pelágio
II, o chamou para Roma, onde foi incorporado ao Colégio dos sete diáconos da
Igreja. Pouco tempo depois, em missão extraordinária, foi mandado a
Constantinopla, de onde voltou para atender a vontade dos companheiros de Ordem,
que o tinham eleito abade. Deus, porém, tinha-lhe reservado dignidade maior,
Pelágio II, morreu em 590. A voz unânime do povo e do clero, na eleição de um
sucessor, indicou Gregório, eleição que foi confirmada pelo império. Se bem que
tudo fizesse para fugir da grande responsabilidade de Supremo Pastor, Gregório,
vendo a inutilidade dos seus esforços, afinal aceitou a nova dignidade,
curvando-se perante a evidência da vontade divina.
O
pontificado de Gregório traz o estigma da caridade. Caridoso para com todos, era
amado como um pai. Católicos hereges e judeus, dirigiam-se-lhe cheios de
confiança, certos de serem atendidos nas suas necessidades.
O nome de
Gregório está intimamente ligado à reforma do cantochão, a música litúrgica da
Igreja, que é conhecida também sob o nome de canto gregoriano.
Ao lado de
uma caridade sem par, vemos no caráter deste grande Papa uma firmeza admirável,
na defesa da fé e dos bons costumes cristãos. Assim se opôs energicamente às
indevidas imposições do Patriarca de Constantinopla; conseguiu do imperador a
revogação de um decreto, que excluía funcionários públicos do estado
eclesiástico, e proibia aos soldados a entrada em uma Ordem religiosa.
Embora de
atividade pouco comum, no meio dos negócios da Igreja, não perdia de vista a
santificação de sua alma. – “Eu estou pronto – assim se exprimia numa carta –
para ouvir todos aqueles, que me quiserem fazer a caridade de uma repreensão
salutar; considero como amigos só aqueles que possuírem a generosidade de
indicar-me os meios de purificar minha alma das manchas que tem”.
Amigo das
ciências, procurou despertar, principalmente entre o clero, interesse pelo
estudo das mesmas. Na ignorância reconhecida a fonte de muitas desordens.
A situação
geral da Igreja não era lisonjeira, e requeria um papa da têmpera de Gregório.
Quando tomou as rédeas do governo, a Igreja oriental estava dividida pelos erros
de Nestório e Eutiques. Gregório reconduziu muitos hereges à Igreja-mãe. A
Inglaterra estava nas trevas do paganismo; Gregório para lá mandou os primeiros
missionários. Na Espanha o arianismo conseguia implantar-se na alma da nação,
graças ao governo dos Visigodos; Gregório restabeleceu lá a fé católica em toda
a pureza. A Igreja da África foi libertada do mal dos donatistas, e a França
deve a Gregório magno a extirpação de um grande mal – da simonia. De uma
atividade admirável, Gregório Magno achou tempo ainda para compor numerosos
livros, cheios de sabedoria e santidade. Após um pontificado abençoado de 13
anos, Gregório morreu em 604, na idade de 64 anos. Com Santo Ambrósio, Santo
Agostinho e São Jerônimo é um dos quatro doutores latinos.
O diácono
Pedro, que possuía toda confiança de São
Gregório, afirma ter visto muitas vezes o divino Espírito Santo, em forma de uma
pomba branca, descer sobre o Santo Papa. É por este motivo que a arte cristã
apresenta São Gregório Magno com uma pomba branca, pairando-lhe a cabeça.
R E F L E X Õ E S
1. De todos os cargos, os mais
penosos são os de superior. O superior que possui, como São Gregório, humildade
e caridade, considera-se o último de todos. Não tem orgulho, que se impõe
imperiosamente, extorquindo o tributo da obediência. Um bom superior prefere
pedir a mandar; se o dever lhe impõe
usar da autoridade, é com prudência que a ela recorre. Dos seus direitos
só faz uso, quando o requer a glória de Deus e o bem das almas. Se for
necessário infligir castigo a um súdito, humilha-se em espírito, tomando o
último lugar entre os seus semelhantes, imitando o exemplo dos Apóstolos, na
direção daqueles que lhe são confiados. Se lhe dão o direito de mandar, com São
Paulo prefere dizer: “Pela amizade que me tens, pelo coração e a mansidão de
Jesus Cristo, eu te peço e conjuro, se me tens amor, que faças isso”. Se as
circunstâncias exigirem uma repreensão ou um castigo, o superior nada fará sem
meditar as palavras do Apóstolo: “Se alguém cair em erro, vós que estais
iluminados, procurai instruí-lo no espírito de mansidão; levai antes de tudo em
consideração vossa própria fraqueza, para que não vos venham tentações”.
Superiores, pais e mães de família, que procederem sempre assim, deixando-se
guiar pelo espírito de humildade e caridade, conquistarão os corações,
destruirão o pecado e confirmarão a virtude. Os superiores, pais e mães de
família que se queixam de desobediência, de falta de respeito e desregramentos
dos súditos, devem antes levantar acusações contra si mesmos e examinar-se a si
próprios. Quem não aprendeu a ganhar os corações, como Jesus Cristo os ganhava,
pela bondade e caridade, e pelo contrário os repele, pelo modo áspero com os
trata, não deve acusar se não a si próprio. A caridade concilia, agrada, cativa;
o rigor, a aspereza e arrogância vexa e irrita, indispõe. “É este o meu
mandamento, diz Nosso senhor, que vos amei”. A caridade de Cristo tinha três
qualidades preciosíssimas: era meiga, benevolente e universal.
2. O
nome de Gregório Magno se acha intimamente ligado ao canto sacro. Nada nos
obriga a ver nele um grande compositor de músicas litúrgicas; certo é, porém, que pôs em ordem os numerosos
cânticos litúrgicos, então existentes: antífonas, responsórios, ofertórios,
aleluias, tractus, etc. É bem possível, senão muito provável, que tenha
enriquecido com composições de sua lavra, o grande tesouro musical, que
encontrara. Ao canto litúrgico foi dado subseqüentemente a denominação de canto
gregoriano, nome que lhe ficou, sendo-lhe próprio até os nossos dias.
Oração pelas almas
Abrirei meus lábios
Em tristes assuntos
Para sufragar
Aos fiéis defuntos
Em tristes assuntos
Para sufragar
Aos fiéis defuntos
Sede em meu favor,
Salvador do mundo,
E das almas santas
Do lago profundo
Salvador do mundo,
E das almas santas
Do lago profundo
Nós vos pedimos
Pronta salvação
preferindo aquelas
da nossa intenção
Pronta salvação
preferindo aquelas
da nossa intenção
Para que por vós ,
JESUS, Sumo Bem,
Elas já descansem
Para sempre. Amém
JESUS, Sumo Bem,
Elas já descansem
Para sempre. Amém
Vovô Eleutério Lopes do Canto +
Tia Eugênia Canto de Oliveira +
Tio Eleutério Tito Canto +
Pai Jose Tito do Canto +
Tia Gemina Yolanda Canto. +
Tia Noêmia Peres do Canto +
Vovó Raimunda Nogueira Barroso +
Vovô Liberato Barroso +
Tio José Liberaato Barroso +
Tio Plácido Barroso +
Tio Eliseu Barroso +
Tio Pedro Barroso +
Tio Eliezer Barroso +
Tia Célia Barroso +
Tia Luzia Barroso +
Tia Estelita Barroso +
Dr° José Galba de Araújo +
Lorena de Araújo +
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