São
Francisco, o grande apóstolo do seu tempo, modelo perfeito de santidade,
protótipo de Bispo e sacerdote, nasceu em 1567, no castelo de
Sales, próximo a Aneci, na Savoia. Os pais eram e alta nobreza e muito
religiosos. Antes do nascimento do filho já o tinham consagrado a Deus. A mãe,
Francisca, pedira a Deus que antes a privasse do prazer de ser mãe, do que
permitir que desse à luz uma criança que tivesse a infelicidade de ser um
inimigo do seu Criador.
A condessa
velou com o máximo cuidado pela educação do filho, que, apesar do nascimento
prematuro e da constituição fraquíssima, se desenvolveu admiravelmente.
O menino ia
com ela à igreja, e pela palavra e exemplo, implantou ela no coração do filhinho
profundo respeito à casa de Deus, amor à oração e ao culto divino.
Freqüentemente lhe fazia uma leitura da vida dos Santos, condimentando-a com
instruções adequadas. Francisco devia acompanhá-la até nas visitas que fazia aos
pobres e doentes e era ele quem dava as esmolas aos necessitados.
Com uma
docilidade admirável o menino aceitou as medidas educativas da mãe. De tenra
idade ainda, já era amigo da oração, sincero no falar e agir, e compassivo com
os que sofrem.
Tendo
chegado o tempo do menino entregar-se aos estudos houve divergência entre os
pais. Enquanto a mãe, receosa de expor o filho a perigos espirituais, opinava
dever ministrar-lhe o ensino em casa, e para este fim tratar professores
particulares, o conde era de opinião que Francisco devia fazer os estudos num
colégio no meio de companheiros da mesma idade. Bem sabia que o estímulo muito
favorece o progresso nas ciências. Tendo seis anos, Francisco freqüentou o
colégio de Rocheville, e mais tarde o de Aneci. Os professores ficaram admirados
do talento privilegiado do aluno. No meio dos trabalhos escolares, Francisco não
se esquecia das práticas religiosas. Oração e leitura espiritual eram-lhe
companheiros inseparáveis.
Bastante
preparado nas matérias propedêuticas, era da vontade do pai, que Francisco
seguisse para Paris, com o fim de completar os estudos.
Diante da
separação do filho, a condessa redobrou de esforços para confirmá-lo
na prática das virtudes. Mais do que nunca lhe recomendou o amor de Deus,
a oração, a fuga do pecado e das más ocasiões. Muitas vezes lhe dizia: “Meu
filho, prefiro ver-te morto a saber um dia que cometeste um pecado mortal”.
Em
companhia de um sacerdote, a quem o cuidado paternal o tinha confiado, foi
Francisco para a Capital. Algum tempo estudou retórica e filosofia no Colégio
dos Jesuítas. Mais tarde freqüentou a academia, onde praticou os exercícios de
equitação, esgrima e dança, exercícios estes que fazia, não por inclinação, mas
para obedecer à vontade do pai. Além disto dedicou-se ao estudo das línguas
orientais e da teologia. Terminados os cursos em Paris, por ordem do pai seguiu
para Pádua, onde devia ainda estudar direito civil e eclesiástico.
Em todos os lugares Francisco se distinguiu vantajosamente entre os companheiros
e embora, de gênio forte e impetuoso, para todos era modelo de virtude. Para se
conservar no meio de tantos perigos o jovem estudante recebia semanalmente a
santa Comunhão e em Paris, na igreja de Santo Estevão, fez, em honra de Nossa
Senhora, o voto de castidade perpétua. Este mesmo voto mais tarde ele o renovou
no Santuário de Loreto e guardou-o fielmente até o fim da vida. Sem que o
soubesse, aconteceu certa vez, que se encontrasse na casa de uma pecadora. Mal,
porém, percebeu quais eram as intenções da mulher, cuspiu-lhe na cara e
fugiu.
Não com
tanta facilidade pode desvencilhar-se das tentações, com que o demônio o
atormentava. A paz que até então o acompanhara, deu lugar à tristeza, a uma
aridez quase insuportável. Por fim martirizou-o a idéia de estar abandonando
Deus, de não poder salvar uma só alma. As orações, mortificações e práticas de
piedade figuravam-se-lhe meros recursos de hipocrisia e de
nenhum valor. Estes tormentos interiores influíram-lhe
desfavoravelmente na saúde. Com o apetite perdeu a boa disposição, o sono e o
bom humor. Por entre lágrimas e suspiros, queixou-se a Deus de sua
triste sorte. As seguintes palavras são a expressão nítida do sofrimento
de sua alma torturada: “Ó meu Deus, teria eu então perdido a vossa graça, depois
de ter tantas vezes experimentado o vosso amor, a vossa misericórdia ?
Santa Maria ! Mãe de Deus ! Seria eu excluído da glória celestial ? Não
permitais, eu vo-lo peço, que seja condenado a vos amaldiçoar e blasfemar no
inferno!” Também esta tempestade, passou e Deus se dignou de
livrar seu servo do pesadelo, que o oprimia. Um dia Francisco entrou numa
igreja, onde avistou uma imagem de Nossa Senhora. Debaixo da imagem leu a oração
de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu
dizer que algum daqueles que as vós tem recorrido, fosse por vós desamparado”.
Estas palavras foram-lhe um balsamo para o coração. Prostrado de joelhos,
recitou com muito fervor a mesma oração, renovou o voto de castidade e
acrescentou a seguinte declaração: “Ó minha Senhora e Rainha, sede minha
intercessora junto de vosso Filho, perante o qual não me atrevo a comparecer.
Queridíssima mãe, se tiver a infelicidade de não amar a Deus no outro mundo,
alcançai-me a graça de amá-lo tanto mais enquanto aqui estou !”
Feita esta oração, Francisco entregou-se sossegadamente à Divina
Providência, e desde aquele dia, cessaram as insídias e perturbações diabólicas
e tornou a voltar-lhe a paz e tranqüilidade, e com ela a saúde do corpo.
Grato a Maria Santíssima, o Santo devotou-lhe ainda mais amor e
não cessou de proclamar-lhe a grandeza, o poder e misericórdia.
Por vontade
do pai, Francisco, terminado os estudos, havia de voltar para a terra natal,
assumir o cargo de senador de Chambery e unir-se em casamento a uma fidalga da
casa de Savóia. Francisco manifestou então o desejo de ordenar-se,
resolução para a qual solicitou o consentimento dos pais.
Conseguiu-o com muita dificuldade e depois de longa resistência. O Bispo
Cláudio, de Genebra, administrou-lhe o sacramento da Ordem e do Papa recebeu a
nomeação de preboste da Igreja de Genebra. Incumbido pelo Prelado da pregação de
missões nas regiões do bispado, onde a heresia calvinista
conseguira tomar pé, o neoprebístero dedicou-se à obra com todo o ardor.
Incalculáveis eram os sacrifícios, perigos, até perseguições que
encontrou no desempenho desta missão. Os hereges, vendo-se
atacados com vigor, votaram ódio ao missionário e planejaram-lhe a morte. Deus,
porém, protegeu seu ministro e este levou a obra da conversão dos hereges para
dentro da cidade de Genebra. Corajosamente se dirigiu ao chefe do Calvinismo
Beza convidando-o a abjurar o erro. Beza convenceu-se da verdade da Igreja
Católica, mas não se animou a voltar para a casa paterna. Melhor resultado teve
em outros lugares. Setenta e dois mil calvinistas abandonaram a seita e voltaram
para o seio da Igreja Católica. Pela morte do Bispo Cláudio, a administração
da diocese passou para Francisco. A nova dignidade fez ressaltar
ainda mais as virtudes do jovem Prelado. Impelido por um zelo verdadeiramente
apostólico, Francisco visitou a pé toda a diocese, visto que o Conselho da
cidade tinha-lhe cortado todas as subvenções. Aos fiéis exortava à perseverança
e a prática do bem; aos hereges com paciência e mansidão, mostrava-lhes os
erros, e em toda a parte estabelecia o culto da Igreja Católica. Mais de uma vez
convidou os mais eminentes oradores do Calvinismo para uma discussão pública;
porém nenhum deles teve a coragem de medir-se com o Bispo católico,
conhecendo-lhe a força de argumentação.
Nas horas
vagas escreveu belíssimos livros religiosos, que têm sido e até hoje são muito
apreciados.
Fundou,
junto com Santa Joana Francisca de Chantal a
Ordem da Visitação de Nossa Senhora, uma Ordem religiosa feminina contemplativa,
que teve a aprovação apostólica e grata aceitação achou entre o povo
católico.
Durante
vinte anos tinha dirigido os destinos da diocese, e grandes foram os
merecimentos de sua hábil e prudente administração, quando Deus houve por bem
chamar o fiel servo à eterna recompensa. Negócios urgentes requereram a presença
do Biso em Lion, durante os dias de Natal, quando lhe sobreveio uma grave
doença. Teve uma congestão cerebral, que lhe paralisou os membros, menos a
língua. Entre os primeiros que o visitaram, achavam-se os Padres Jesuítas, aos
quais disse: “Estais me vendo num estado, em que de nada preciso, a não ser da
misericórdia divina. Peço que m’a alcanceis pela vossa oração”. Perguntado por
um deles se estaria pronto a sujeitar-se à vontade de Deus, se ele lhe
determinasse a morte, respondeu: “É bom esperar no Senhor: Para mim aquela hora
é como qualquer outra. Deus é o Senhor. Que Ele de mim faça o que bem parecer.
Nunca tive vontade diferente da sua”. Dito isto, fez
a profissão da fé, na presença de muitas pessoas, para assim testemunhar,
que sempre viveu na fé católica e nela queria morrer. Os santos Sacramentos
recebeu-os com muita devoção. Durante os dias da doença permaneceu em contínua
oração. Frequentes vezes rezava os seguintes versos dos Salmos: “ Meu coração e
minha carne, alegraram-se no Senhor. Por toda a eternidade hei de cantar as
misericórdias do Senhor. Quando comparecerei diante da vossa face ? Ó meu Deus,
meu desejo a Vós se dirige, e meus suspiros Vós o conheceis. Meu Deus e meu
tudo, meu desejo vai às colinas eternas. Purificai-me, Senhor, dos meus pecados;
tirai de mim a minha culpa e purificai-me cada vez mais. Senhor, se faço falta
ao vosso povo, não recuso o trabalho. Sou um servo inútil, de quem nem Deus, nem
o povo têm necessidade.
Quando
entrou em agonia, os circunstantes, de joelhos, rezaram a ladainha de Todos os
Santos. Á invocação: Santos Inocentes, rogai por ele, Francisco exalou sua bela
alma. Era o dia 28 de dezembro de 1622. O Santo tinha chegado à idade de 56
anos.
O coração
do santo Bispo foi solenemente transportado para o convento da Visitação em
Lion; o corpo descansa no convento da mesma Congregação em Aneci. Os milagres
com que Deus glorificou o túmulo do seu servo, são numerosos. O próprio Papa
Alexandre VII, que em 1665 inseriu o nome de Francisco no catálogo
dos Santos, por intercessão do mesmo ficou livre de um mal incurável. A bula da
canonização enumera, entre os milagres provados e documentados, a cura de um
cego de nascimento, de quatro paralíticos e a ressurreição de dois mortos.
Em 1923 foi declarado
Doutor da Igreja e Padroeiro da Imprensa e dos jornalistas católicos.
Reflexões:
São
Francisco de Sales era de índole irascível e intratável. A ira é um vício muito
comum, mesmo entre os cristãos. Muitos daqueles que se irritam por qualquer
coisa e se excedem em palavras ásperas ou mesmo blasfemas; conhecendo embora seu
defeito, em vez de o combater, como fez São Francisco, se
desculpam, dizendo: “este é meu gênio, não está em mim conter-me: sou muito
nervoso, etc.” São desculpas do egoísmo, a preguiça e do comodismo. A ira é um
dos vícios mais perigosos e causadores de muitos pecados. Se notares em ti uma
inclinação para esta paixão não te desculpes com teu gênio, mas trata de
modificá-lo, embora isto te custe muito. Observa o conselho de Santo Agostinho
que diz: “Se a ira te tentar, resiste-lhe fortemente, e não te deixes arrastar a
imprudências e excesso no falar e castigar. Acalma-te primeiro, para então
depois falar e castigar. A ira deve obedecer à tua vontade e não vice-versa”.
“Cada um de vós – diz São Tiago – seja pronto para ouvir; porém, tardo no falar
e tardo para se irar. Porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus” (1,
19).
São
Francisco conseguiu uma brilhante vitória sobre seu gênio impetuoso e irascível.
Esta vitória alias, custou anos de árduo combate e implacável luta.
São Francisco de Sales é
o padroeiro da Boa Imprensa. A Imprensa é uma potência para o bem e para o mal.
É uma das mais belas conquistas do gênio humano. Infelizmente o inimigo do
homem, o espírito das trevas apoderou-se deste belo invento,
fazendo dele uma arma formidável, para ferir de morte as almas remidas pelo
sangue de Cristo. Cidade, país não há, onde a majestade das trevas não tenha
ministros, adeptos e apóstolos que, servindo-se da imprensa, infiltram nas almas
o veneno da impiedade, da incredulidade, da supertição, da imoralidade. A má
imprensa é o polvo, que adstringe a humanidade, num amplexo asfixiador.
Cooperador da má imprensa, missionário desta empresa satânica é todo aquele que
a favorece e suborna, pela leitura, pela compra, pela colaboração
e pelo auxílio material. Houve quem dissesse que São Pedro se voltasse ao mundo,
se dedicaria à missão da boa imprensa. Como católico, deves combater
a má imprensa e em hipótese alguma concorrer para maior incremento – pelo
contrário, deves ser amigo e apóstolo da Boa Imprensa. A má imprensa representa
a causa de Lúcifer; a Boa Imprensa é a defensora da causa de Cristo.
Senhor,
venho nesta hora pedir pela minha saúde.
Sei que sou o templo do Espírito Santo e que a Tua presença habita no meu interior.
Por isso, eu oro a Ti neste momento para que o meu corpo seja livre de todas as doenças; também consagro todos os meus órgãos na tua presença.
Sei que sou o templo do Espírito Santo e que a Tua presença habita no meu interior.
Por isso, eu oro a Ti neste momento para que o meu corpo seja livre de todas as doenças; também consagro todos os meus órgãos na tua presença.
Declaro que Jesus levou na cruz todas as minhas enfermidades e que nenhuma doença ou maldição hereditária tem poder sobre mim e minha família.
Obrigado Senhor, pois com a saúde que tenho, vinda de Ti, posso trabalhar, viver e amar ao próximo, vivendo em tua presença.
Obrigado Senhor, pois com a saúde que tenho, vinda de Ti, posso trabalhar, viver e amar ao próximo, vivendo em tua presença.
Permita que eu use o meu corpo e a minha saúde em consagração e honra, para o que é bom, aceitável e perfeito.
Obrigado, porque neste dia posso dizer:
“O Senhor me guardará de todo o mal!”
Em nome de Jesus,
Amém.
Obrigado, porque neste dia posso dizer:
“O Senhor me guardará de todo o mal!”
Em nome de Jesus,
Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário