Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
Chosroas, rei da Pérsia, tomou Jerusalém em 614 e nesta ocasião
se apoderou do santo Lenho e levou-o consigo. Deus serviu-se desta
circunstância, para operar a salvação de muitos Persas. Um deles foi Anastácio,
filho de um célebre feiticeiro. A santa Cruz, de que tanto se falava,
excitou-lhe também a curiosidade e desejo de vê-la.
Sem ter a intenção
de abraçar a religião de Cristo, nela se instruiu e a admiração crescia-lhe, à
media que se aprofundava nos santos mistérios. Depois de algum tempo, se dirigiu
a Hierápolis, hospedando-se em casa de um artista cristão. Este, no intuito de
fazê-lo conhecer a fundo a religião cristã, convidou-o para assistir a diversas
reuniões cristãs. As santas imagens, as representações dos santos mártires
tocaram-lhe o coração bem ao vivo e despertaram-lhe o desejo de, como eles, um
dia poder sacrificar a vida em testemunho da fé, que estava prestes a abraçar.
Após longa preparação, recebeu o santo Batismo e entrou para um convento em
Jerusalém. Tinha um zelo tão vivo e ardente, que em pouco tempo, entre os
irmãos, era o primeiro em virtude e santidade. Tinha por leitura predileta, além
da Bíblia, a história dos mártires. As lutas e vitórias, os triunfos dos heróis
comoviam-no até lágrimas e cada vez mais pronunciado se lhe tornava o desejo de
morrer pela fé, o que fez com que saísse do convento e se dirigisse a Cesaréia,
na Palestina. Vendo entre os soldados alguns que cometiam atos vergonhosos,
censurou-os energicamente. Este rigor chamou a atenção do governador, que
suspeitava de Anastácio um espião e mandou-o prender. Perguntado pela religião
que professava, Anastácio respondeu que tinha abandonado a magia, para ser
cristão.
Não faltaram
promessas e ameaças para fazê-lo renunciar à fé – Anastácio permaneceu firme.
Seguiram-se então os maus tratos e verdadeiras torturas. Anastácio, porém, para
tudo só tinha uma resposta: “Sou cristão, e como cristão quero morrer”.
São Justino, seu
abade, sabendo dos sofrimentos que o súdito sofria por amor de Cristo, mandou
que a comunidade rezasse pelo pobre perseguido, para que não lhe faltasse a
graça divina. Destacou dois monges, que o deviam visitar e consolar.
Da Palestina foi
Anastácio, por ordem do imperador, transportado para a Pérsia. Lá o esperava o
martírio tão almejado. Chosroas envidou primeiro todos os esforços para
afastá-lo da religião cristã. Ofereceu-lhe uma alta patente no exército;
permitiu-lhe viver como simples monge, contanto que só verbalmente negasse a fé
cristã, embora de coração continuasse fiel discípulo de Cristo: “Que mal poderia
causar esta negação? Poderá haver nisto uma ofensa a Cristo, se de
coração com ele ficas unido?” Anastácio declarou que teria horror
até da sombra da hipocrisia. De novo lhe foram oferecidas colocações
honrosas.
A resposta de
Anastácio foi a mesma: “A pobreza do meu hábito – disse ao general – fala-te
eloqüentemente do desprezo que tenho pelas vaidades do mundo. Honras e riquezas
de um rei, que hoje existe e amanhã será pó, não me tentam!” Vendo
assim frustradas as tentativas , o rei recorreu à tortura. Cada dia era aplicado
um novo tormento, experimentada nova provação. Anastácio, porém, preferiu sofrer
a negar a fé. O dia 22 de janeiro de 628 trouxe-lhe afinal a
salvação e a glória. Esgotadas a paciência e crueldade do rei, deu o mesmo ordem
de enforcar e decapitar o santo mártir.
Pouco antes da
morte, Anastácio tinha predito a morte do tirano Chosroas. Esta profecia
realizou-se dez dias depois, quando o imperador Heráclito invadiu e conquistou a
Pérsia.
O corpo do Santo,
que tinha sido atirado aos cães, foi por estes respeitado. Os fiéis
resgataram-no e deram-lhe sepultura no convento de São Sérgio. As relíquias
foram mais tarde transportadas para Constantinopla e de lá para Roma.
Santo Anastácio é
padroeiro dos ourives, porque gozava da hospitalidade de um ourives, por ele
instruído na religião. È invocado também em grandes tentações e em casos de
possessão diabólica, porque pela aplicação das suas relíquias a um médico persa,
possesso, este ficou livre da possessão.
Reflexões:
Repara bem na
resposta que Santo Anastácio deu ao oficial, que procurava fazê-lo apostatar.
“As honras e riquezas de um rei, que é candidato à morte, não me podem tentar”;
e: “A quem devo temer mais, a um homem mortal ou a Deus, por quem foram criadas
todas as coisas?” Nem todos pensam como Santo Anastácio. Muitos dão às coisas do
mundo preferência incondicional. Podendo escolher entre riquezas, honras e
prazeres e uma vida só de Deus, sem a menor dúvida se decidem em
favor daquelas. “Se o demônio prometesse grandes reinos, muitos lhe prestariam
homenagens divinas. Muitos cometem grandes pecados por causa de uma moeda; que
não fariam, se pudessem por um pecado ganhar um reino?”(São Tomás de Vilanova).
Quantas vezes não preferiste a Deus e à sua causa bens miseráveis deste
mundo! Cada transigência que fazes à tentação, é um desprezo a
Deus Nosso Senhor. Que lucro teria agora Santo Anastácio, se tivesse aceito as
honras que lhe eram oferecidas? Que lucro teve Judas com os trinta
dinheiros, que lhe pareciam valer mais que o próprio Mestre? Que
terás das transigências, que tantas vezes fazes, quando a lei de
Deus e tua consciência não te deixam em dúvida, sobre o modo por que deves
agir?
Os Santos Vicente e
Anastácio morreram pela fé. Dores crudelíssimas tiveram por sorte, porque assim
quiseram os tiranos. Estes receberam a paga, e os heróis de Cristo, uma vez
livres do sofrimento, gozam no céu a eterna recompensa. A lembrança desta
verdade deve sustentar-se nas provações. Tudo passa; também a dor, o sofrimento.
A recompensa será eterna. Tudo que o pecado prodigaliza: prazer, lucro e
bem-estar, terá fim. O castigo, porém, que é o companheiro do pecado, não falará
e será eterno. Foi isto que Santo Agostinho quis frisar quando no panegírico a
São Vicente, disse: Teve fim a ira, a crudelidade de Daciano, como fim teve o
martírio de Vicente; o castigo de Daciano ficou e ainda perdura, como ficou a
recompensa de Vicente.
Também nesta data - Santos Vicente Palotti, Gaudêncio e Vitor
Também nesta data - Santos Vicente Palotti, Gaudêncio e Vitor
Vicente Pallotti nasceu em Roma , dia 21 de abril de 1795, numa família de classe média.
Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso.
Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo.
Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara:
nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.
Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco.
Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde.
Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja.
Muito culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade.
Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas.
É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou
para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs.
Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação
de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes.
Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária .
Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações
evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade,
a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade.
De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou.
Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro.
Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava.
Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões".
Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo
Com sua mãe aprendeu a amar os irmãos mais pobres, crescendo generoso e bondoso.
Enquanto nos estudos mostrava grande esforço e dedicação, nas orações mostrava devoção extremada ao Espírito Santo.
Passava as férias no campo, na casa do tio, onde distribuía aos empregados os doces que recebia, gesto que o pai lhe ensinara:
nenhum pobre saía de sua mercearia de mãos vazias.
Às vezes sua generosidade preocupava, pois geralmente no inverno, voltava para casa sem os sapatos e o casaco.
Pallotti admirava Francisco de Assis, pensou em ser capuchinho, mas não foi possível devido sua frágil saúde.
Em 1818, se consagrou sacerdote pela diocese de Roma,onde ocupou cargos importantes na hierarquia da Igreja.
Muito culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas foi a sua atuação em obras sociais e religiosas que lhe trouxe a santidade.
Teve uma vida de profunda espiritualidade, jamais se afastando das atividades apostólicas.
É fruto do seu trabalho, a importância que o Concílio Vaticano II, cento e trinta anos após sua morte, decretou
para o apostolado dos leigos, dando espaço para o trabalho deles junto às comunidades cristãs.
Necessidade primeira deste novo milênio, onde a proliferação dos pobres e da miséria, infelizmente se faz cada vez mais presente.
Vicente defendia que todo cristão leigo, através do sacramento do batismo, tem o legítimo direito assim como a obrigação
de trabalhar pela pregação da fé católica, da mesma forma que os sacerdotes.
Esta ação de apostolado que os novos tempos exigiria de todos os católicos, foi sem dúvida seu carisma de inspiração visionária .
Fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações
evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade,
a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade.
De saúde frágil, doou naquele inverno seu casaco a um pobre, adquirindo a doença que o vitimou.
Assim sendo não pôde ver as duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvia as Regras indicando sempre algum erro.
Com certeza um engano abençoado, pois a continuidade e a persistência destas Obras trouxeram o novo ânimo que a Igreja necessitava.
Em 1904, foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões".
Em 1963, as suas idéias e carisma espiritual foi plenamente reconhecido pelo papa João XXIII que proclamou Vicente Pallotti, Santo
Domingo dia do Senhor
3º Domingo Comum
Cor Verde
III Semana do Saltério
Jn 3,1-5.10
Sl 24(25),4ab-5ab..6-7bc.8-9
(R/.4a.5a) 1Cor 7, 29-31
Mc1 ,14-20
Convertei-vos e crede na Boa Nova
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